A ÚLTIMA FESTA (?...!...;...~...^...´`...\.../<...>...?)
Ultimamente só tenho escrito sobre corrupção, outros, estão na fila. Só que não me dão tempo. A cada texto concluído, seis, sete, não lembro. O certo é que a cada texto concluído, tenho a sensação de que nada mais há que escrever. No entanto, a imprensa não deixa de noticiar os desmandos daqueles que foram selecionados para ocupar ministérios, ou seja, para encaminhar e executar a política governamental da nova gestão. Bem, é como deveria ser. Desenvolver políticas que possibilitasse o desenvolvimento da sociedade, a qual se organizou e deu vida ao Estado e fez a escolha daqueles que iriam gerenciar a Res Public. Bem, essa é a teoria, a idéia, a perspectiva da nação.
Nos meus “achados”, lembro-me de Fausto Wolff que assim se referia: “Corruptos são assassinos seriais, genocidas”.
O que me deixa absorto até hoje e me refiro aos últimos quatro meses, é a quantidade de malfeitos (corrupção) que vem sendo denunciadas. Não posso aceitar que seja maledicência da imprensa em perseguir um governo que ainda se encontra em seu primeiro ano de vida; Não posso aceitar que a corrupção passou a existir nesse governo; Não posso aceitar que tenha ido buscar nos anos cinqüenta do século passado as diretrizes da chamada “Imprensa Marrom”. Nada disso. Se de um lado, temos a facilidade da comunicação, de outro, temos a baixa moral, a não ética e, principalmente, a impunidade.
Fiquei estarrecido quando da expulsão (pediu demissão) do Ministro dos Esportes, Sr. Orlando Dias, e posse do seu substituto, Sr. Aldo rebelo ambos do PcdoB (Partido Comunista do Brasil), o Ministro “SAÍDO” por corrupção (sem julgamento prévio) reúne em seu “bota fora” além de correligionários os presidentes da Câmara e do Senado e Congresso Nacional, a própria chefe de governo a Presidente do Brasil, Senhora Dilma Rousseff, e ainda entre abraços, beijos, flores e a certeza de que fizera uma gestão “impecável”, é aplaudido pelos convidados. Será que a imprensa pagou um “MICO” desses, denunciando um inocente ou estamos diante do retorno da imprensa marrom qual me referi acima. Continuo entendendo e confiando no sério papel da imprensa. Não é por acaso que a imprensa é considerada o “Quarto Poder”.
Apesar do “fórceps” utilizado no parto, todos os Ministros “SAÍDOS”, estão gosando de boa saúde. Voltaram aos seus partidos políticos, aos seus cargos públicos e/ou privados sem se sentirem admoestados. Seja o elemento ativo ou passivo (corruptos e corruptores).
Até pouco tempo atrás o indivíduo para praticar um roubo, era preciso ter muita coragem e disposição em, à noite, adentrar a residência desconhecida, encontrar o casal adormecido, e na manhã seguinte retornar à porta da vítima para saber da reação, quando o criminoso procurava agir o mais dissimuladamente possível. Hoje, não. O criminoso é convidado a uma reunião no gabinete, combina como e de quanto será o desfalque, troca telefonemas, chama o criminoso de “Meu Mestre”, deixa parte do produto do roubo com a vítima, cede o jatinho particular para excursões e vai para casa aguardar o próximo lance. A vítima, por ser pública, distribui o seu quinhão em contas bancárias da família ou pessoas de sua confiança, veste sua casaca sem esquecer o “Cartão Social” no bolso para as despesas básicas (viagens ao exterior com a família, hotéis, motéis (todos cinco estrelas), traz lembranças para os amigos etc. e, após distribuir as “beness” transfere o cargo aos amigos que se encontra no topo da lista. Tudo isso ESTATUTARIAMENTE.
Vejam a que ponto se chegou: o ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF), após faturar com o desvio da obra da sede do TRT, algo em torno de Hum Bilhão de Reais (o caso do juiz APOSENTADO (após a condenação), o Sr. Nicolau dos Santos Neto – o JUIZ LALAU – à frente de várias construtoras com faturamento em torno de Dez Bilhões de Reais, conseguiu, através de manobras jurídicas, negociar sua dívida (hum bilhão de reais) em 180 meses em parcelas mensais de R$ 200,00 (duzentos reais). É isso mesmo! R$ 200,00 reais mensais. Já fez a operação aritmética?
O Golpe Militar de 1964, por Atos Institucionais, extinguiu Partidos Políticos, criou outros Partidos Políticos (ARENA, situação) concedeu a criação de Partido Político de oposição (PMDB – para configurar a existência de democracia), cassou direitos políticos de parlamentares, fechou o Congresso Nacional etc. Tudo em nome do NACIONALISMO (mesmo exacerbado).
Ora, para esse seguimento da sociedade (militar) o que não se encontrasse enquadrado em sua ideologia (disciplina) era certo, correto. O grupo golpista formava uma “CASTA”:
Militares = Puros;
Sociedade Civil = Impuros
Fazendo má comparação podemos considerar o atual momento brasileiro muito próximo dos marechais-presidentes, vejamos: As ONGs (Organização Não governamental) definidas no Brasil a partir de 1992 com a “RIO 92” têm papel relevante na concretização das políticas públicas. No entanto, dentro do parâmetro “NÃO GOVERNAMENTAL” uma grande parcela só sobrevive graças às verbas do governo (GOVERNAMENTAL). Ora, como diz o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, “o que pertence ao Estado, ao governo é correto; o que vem de fora, da sociedade, traz impurezas”. E continua: “Esse tipo de ideologia vem associado à outra perversão corrente: fora do Partido e do governo, nada é ético; já o que se faz dentro do governo para beneficiar o partido encontra justificativa e se torna ético por definição”.
Aqui acrescento: fazer festa com o dinheiro dos outros é fácil, ou seja, distribuir Ministérios a Partidos (de porta fechada), como se fossem “COTAS” (aliás, a expressão “COTA” hoje é modismo) onde nem o próprio chefe de governo tem condições de gerenciar por ser exclusivo, pessoal tudo em nome da GOVERNABILIDADE. Bem, fica inexoravelmente complicado entender que exista, deveras, uma política de FAXINA ou que exista real interesse em cuidar da “Moral, da Ética do Estado.
Entendo que ao continuar com a política atual, a chefe de governo deixe de ser FAXINEIRA (que deu novo élan a sociedade) para receber o título de CONIVENTE, e, por extensão o Partido dos Trabalhadores que em seu nascedouro, ao final dos anos setenta do século passado defendia o moralismo, a ética como principal bandeira, ficará à deriva.
Pelo o que se observa, o próximo MALFEITO caberá ao Ministério do Trabalho, segundo os ventos fortes que estão a soprar. Aguardemos.
Belford roxo, 06 de novembro de 2011
José Floriano Oliveira
Conivência ou conveniência,eis a questão!
ResponderExcluirA bem da verdade já sabíamos que as coalizões trariam acordos e conchavos desastrosos não é Floriano! Uma primeira medida, ingênua alguns diriam, porém acho pertinente, seria o Governo determinar critérios para aceitação de indicação a cargos públicos sobretudo no Executivo. Algo como uma "capivara", ficha de antecedentes ou algo que o valha do candidato à vaga, onde se colocaria a ABIN, a Controladoria Geral da União e até mesmo a Polícia Federal para ir a fundo na questão da moralidade e ética, além da seleção por competência.
É fato que o Poder atrai mais poder e na política, os aliados atuais são os inimigos de amanhã.No caso de Orlando Silva, que presume-se inocência, o peso maior não é a imprensa marrom, ( a cada dia mais encardida)mas a ideologia preconizada nessa imprensa marrom que, "apoiada" pela oposição que aliás, diga-se de passagem, NUNCA teve um passado incólume, que faz toda articulação.
Orlando Silva, creio, seja vítima de estratégias políticas para desestabilizar o governo de Dilma além de estremecer a credibilidade de um Partido que merece todo o nosso respeito (salvo o Código Florestal que pra mim foi a maior pisada de bola do partido). Ademais, e não menos importante, há que se pensar nos interesses da queda do Ministro do Esporte, Copa do Mundo,FIFA, CBF, patrocinadores e por aí vai...