terça-feira, 5 de abril de 2011

BRASIL IMPÉRIO

BRASIL IMPÉRIO

Fugindo de Portugal das forças Napoleônicas, D. João VI e toda a Corte Portuguesa, chega ao Brasil em 1808. Para suprir as necessidades da Sede do reino, tornou-se impressindível a criação de infraestrutura para atender a burocracia do governo. Como a nobreza aqui se encontrava, acostumada ao luxo, o lazer, o nada fazer,  atendimento à saúde etc., foi construído teatros, parques, escolas etc. Assim, a colônia que não gosava de nenhum privilégio, passou a ter como diz o samba do Império Serrano.




 Império Serrano - Samba Enredo 1957
DOM JOÃO VI



Foi D. João VI
O precursor da nossa Independência
Belo histórico texto
Esse monarca deixou
Livres todos os portos
E o comércio do Brasil
E outros atos importantes
Que o imortalizara
Em serviços relevantes


Esse vulto imortal
Ao regressar a Portugal
Disse ao seu povo
Oh, que terra hospitaleira
É aquela nação brasileira
Felicidades perenes eu gozei
Ali eu fui feliz
Ali eu fui um rei.




Na segunda metade do século XIX, o Beasil já dera início a sua industrialização ainda que insipiente. É nessa época que o Brasil se envolve em guerra com o Paraguai. Os militares brasileiros pouca experiência tinha guerras. Seus confrontos, até então, haviam sido internos considerados mais como de pacificação. Assim sem endo, é na prática seu grande aprendizado, levando a muitos deles se destacarem como canta o Império Serrano.



IMPÉRIO SERRANO
SAMBA ENREDO 1960

MEDALHAS E BRASÕES

Esta brilhante página
Da nossa história militar
É um lindo cenário de ilustrações
Que glorificaram os nossos rincões
Onde desfilaram
Medalhas e brasões
Que glorificaram
Seus filhos varonis
São fatos da nossa história
Que deram glórias ao nosso país
A coragem de Caxias
O Exército glorificou
A bravura de Marcílio Dias
A Marinha consagrou
Num predomínio de fé
Exaltamos Barroso
E o bravo Tamandaré
Ao finalizar essa história
Narramos as batalhas meritórias
Curuzu, Riachuelo e Paissandu
Tiveram muita expressividade
Em suas vitórias
Sua Majestade
Nosso querido imperador
Orgulhosamente
Nossos heróis condecorou
Lá lá lá lá
Brasil, ó meu querido Brasil








Apesar da insípida estrutura industrial, o Brasil ainda era agrário. A Europa e Estados Unidos já competiam pelo controle dos mercados e fontes de matéria prima mundiais. A Inglaterra, a mais prejudicada com a competição entende que o melhor caminho seria extinguir com a escravidão mundo, visto que, os ex-escravos se transformariam em consumidores. Esse momento assim foi visto por Castro Alves em seu antológico poema, Navio Negreiro


NAVIO NEGREIRO
Castro Alves  (trechos)


Era um sonho dantesco... O tombadilho
Que das luzenas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar,
Tinir de ferros...estalar do açoite...
Legiões de homens como a noite,
Horrendos a dançar...(...)
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus... (...)
Existe um povo que sua bandeira empresta
Para encobrir tanta infâmia e covardia... (...)
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu, que da liberdade após a guerra
Foste hasteada dos heróis na lança,
Antes te houvesse roto na batalha
Que servires a povo de mortalha!...

NAVIO NEGREIRO
Djalma Sabiá e Amado Régis

Apresentamos
Páginas e memórias
Que deram louvor e glórias
Ao altruísta e defensor
Tenaz da gente de cor
Castro Alves, que também se inspirou
E em versos retratou
O navio onde os negros
Amontoados e acorrentados
Em cativeiro no porão da embarcação,
Com a alma em farrapo de tanto mau trato
Vinham para a escravidão.
Ô-ô-ô-ô-ô.
No navio negreiro
O negro veio pro cativeiro.
Finalmente uma lei
O tráfico aboliu,
Vieram outras leis,
E a escravidão extinguiu,
A liberdade surgiu
Como o poeta previu.
Ô-ô-ô-ô-ô.
Acabou-se o navio negreiro,
Não há mais cativeiro.














Fernandes, Florestan em seu livro “O Negro no Mundo dos Brancos”, descaracteriza o termo de “Democracia Racial” no Brasil como sendo um “mito”. O que temos, na realidade é uma “Tolerância Racial”. O preconceito que até hoje ainda se verifica é fácil de ser constatadoatravés dos provérbios populares:
“Negro não nasce, aparece”.
“Negro não almoça,
“Negro não casa, ajunta”.
“Negro não dorme, cochila”.
“Negro não bebe água, engole pinga”.
“Negro não vive, vegeta”.
“Negro não fala, resmunga”.
“Branco nasceu para o mando
O negro para trabalhar
Quando negro não trabalha
De branco deve apanhar”.

Era nove de novembro. A homenagem a Esquadra Chilena seria um baile na Ilha Fiscal conhecida inicialmente como Ilha dos Ratos que se transformara no Último Baile da Corte Imperial do Brasil.
Assim se deu a despedida do Imperador que governou o Brasil durante 49 anos. Seis dias mais tarde a República foi proclamada e a família imperial retornou a Portugal. Assim Silas de Oliveira e Valdir Medeiros cantou:




O Último Baile da Côrte Imperial
Composição : Silas de Oliveira e Waldir Medeiros
Foi o último baile
Do Brasil Imperial
Foi realizado
Na antiga Ilha Fiscal
Os ilustres visitantes homenageados
Partiram para o seu país distante
Com êxito brilhante, emocionados
Sua Majestade o Imperador
Ao lado da Imperatriz
Diante de tanto esplendor
Sentia-se alegre e feliz
Jamais acreditaria
Que o seu reinado terminaria
E mesmo a Corte não pensando assim
A monarquia chegava ao fim

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