O BRASIL REPÚBLICA
POEMA DE JOSÉ PAULO PAES
Vamos passear na floresta
Enquanto dom Pedro não vem.
Dom Pedro é um rei filósofo,
Que não faz mal a ninguém.
Vamos sair a cavalo,
Pacíficos, desarmados:
A ordem acima de tudo,
Como convém a um soldado.
Vamos fazer a República
Sem barulho, sem litígio,
Sem nenhuma guilhotina,
Sem qualquer barrete frigio.
Vamos com farda de gala,
Proclamar os tempos novos,
Mas cautelosos, furtivos,
Para não acordar o povo
No final do século XIX e início do século XX o Brasil tinha a quarta frota naval do mundo grande reduto da nobreza. No entanto, a situação dos marinheiros era o pior possível devido praticar uma disciplina opressora, esquecendo-se que foram com que lutaram lado-a-lado durante a Guerra do Paraguai. As punições eram violentas sendo utilizada a CHIBATA e o soldo, se é que assim poder-se-ia chamar, era simplesmente vergonhoso. Além disso, os marinheiros desejavam ter melhor acesso aos estudos o qual continuava sendo privilégio da oficialidade. João Bosco e Aldir Blanc assim registraram.
O Mestre-Sala dos Mares
João Bosco e Aldir Blanc
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar apareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar, na alegria das regatas
Foi saudado no porto
Pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas
Jorravam das costas dos negros
Entre cantos e chibatas
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar apareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar, na alegria das regatas
Foi saudado no porto
Pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas
Jorravam das costas dos negros
Entre cantos e chibatas
Inundando o coração
Do pessoal do porão
Que a exemplo do marinheiro gritava, então:
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias,
Glória à farofa, à cachaça, às baleias,
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esqueceram jamais.........
Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
(Mas, salve...)
Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Do pessoal do porão
Que a exemplo do marinheiro gritava, então:
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias,
Glória à farofa, à cachaça, às baleias,
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esqueceram jamais.........
Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
(Mas, salve...)
Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
No Nordeste, ao final do século XIX surge a figura de Antônio Mendes de Maciel, “Antônio Conselheiro”, grande protagonista de Canudos. Antônio Conselheiro vivia fazendo pregações místicas, insurgindo-se contra algumas reformas da Igreja Católica.
Os Sertões (1976) Composição : Edeor de Paula Marcado pela própria natureza O Nordeste do meu Brasil Oh! solitário sertão De sofrimento e solidão A terra é seca Mal se pode cultivar Morrem as plantas e foge o ar A vida é triste nesse lugar Sertanejo é forte Supera miséria sem fim | Sertanejo homem forte (bis) Dizia o Poeta assim Foi no século passado No interior da Bahia O Homem revoltado com a sorte do mundo em que vivia Ocultou-se no sertão espalhando a rebeldia Se revoltando contra a lei Que a sociedade oferecia Os Jagunços lutaram Até o final Defendendo Canudos (bis) Naquela guerra fatal |
Nenhum comentário:
Postar um comentário