POPULAR BRASILEIRA
Até a segunda metade do século XX a música brasileira vivia seus acordes tradicionais representada Orlando silva, Francisco Alves, Nora Ney, Elizeth Cardoso, Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto (esses dois últimos, começando a aparecer), as irmãs Batistas, Carmem Miranda (apesar de viver nos EEUU), Isaurinha Garcia, Marlene, Carlos Galhardo e tantos outros.
Quanto à política, vivemos a Era JK e os seus “Cinqüentas Anos em Cinco” o desenvolvimentismo e a alta inflação.
É nesse clima que o Brasil vai viver uma eleição das mais concorridas, culminando com a estrondosa vitoria de Jânio da Silva Quadros para, pela primeira vez, um eleito ocupar a cadeira do Palácio do Planalto em Brasília, após a mudança da sede do governo da praia para o planalto central e sete meses depois renunciar originando o desencontro do Poder Constituído e a Sociedade e, por conseguinte, a tomada do Poder com um Golpe Militar (1964) de onde só sairão duas décadas mais tarde, deixando órfão toda uma nação.
Foi nesses vinte anos de ditadura militar que surgiu no Brasil a maior contestação ao poder utilizando a música como Carro Chefe, também conhecida como MÚSICA DE PROTESTO, a forma mais expressiva e diretamente atingir a sociedade, e como base de divulgação os Festivais de Música Popular Brasileira que foram organizados entre os anos de 1965 e 1972 e como veiculo o disco e, principalmente, a televisão. Claro, não podemos considerar que a música tenha sido o único meio de protesto, visto que a poesia, a crônica, o cinema novo, as charges, etc, etc.
O primeiro gênero a surgir foi a Bossa Nova e seus grandes expoentes internacionalizando a música brasileira (João Gilberto, Menescal, Tom Jobin, Nara Leão, Vinicius de Moraes etc.). Paralelamente, surge o rock and roll, o iê, iê, iê (Roberto Carlos, Erasmo, Vanderléia e todos aqueles que ficaram conhecidos como Jovem Guarda). O tropicalismo (com os baianos).
O GOLPE MILITAR
A partir de 1964 quando se dá a instauração do regime militar no Brasil, o que deveria ser de curto período até que fossem eliminadas as ameaças comunistas, o Poder deveria ser devolvido aos civis. No entanto não é isso que acontece. Em 1967, uma nova Constituição foi promulgada, para, no ano seguinte (1968), dar um “Golpe no Golpe”, ou seja, editar o Ato Institucional no5 (AI-5) em 13 de dezembro e, posteriormente, uma Emenda Constitucional (número 1), ampliando os poderes do executivo, onde o general de plantão podia fechar o Congresso e cassar mandatos parlamentares. Era a ditadura militar e todo aparato institucional à sua disposição.
OS FESTIVAIS
É nesse clima que os estudantes insatisfeitos desde o primeiro momento vinham se mobilizando nas universidades, mais tarde nas ruas, até encontrarem o meio mais apropriado para protestarem, adotando a música como forma de comunicação e os festivais como o principal porta-voz levado a sociedade pelas redes de televisão.
O criador e realizador dos principais festivais feito no Brasil foi Solano Ribeiro que importou a fórmula do Festival de San Remo, na Itália de onde tirou o elemento fundamental: a competição.
I FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
(TV EXCELSIOR1965)
A primeira emissora a abrir as portas para os festivais foi a TV Excelsior em 1965, tendo como vitoriosa a canção Arrastão, defendida por Elis Regina dos compositores Edu lobo e Vinicius de Moraes.
Arrastão
Elis Regina
Eh! tem jangada no mar
Eh! eh! eh! Hoje tem arrastão
Eh! Todo mundo pescar
Chega de sombra, João Jovi
Olha o arrastão entrando no mar sem fim
É meu irmão me traz Iemanjá prá mim
Minha Santa Bárbara me abençoai
Quero me casar com Janaína
Eh! Puxa bem devagar
Eh! eh! eh! Já vem vindo o arrastão
Eh! É a rainha do mar
Vem, vem na rede João prá mim
Valha-me meu Nosso Senhor do Bonfim
Nunca jamais se viu tanto peixe assim
Eh! tem jangada no mar
Eh! eh! eh! Hoje tem arrastão
Eh! Todo mundo pescar
Chega de sombra, João Jovi
Olha o arrastão entrando no mar sem fim
É meu irmão me traz Iemanjá prá mim
Minha Santa Bárbara me abençoai
Quero me casar com Janaína
Eh! Puxa bem devagar
Eh! eh! eh! Já vem vindo o arrastão
Eh! É a rainha do mar
Vem, vem na rede João prá mim
Valha-me meu Nosso Senhor do Bonfim
Nunca jamais se viu tanto peixe assim
FESTIVAL NACIONAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA (TV EXCELSIOR – 1966)
O segundo festival acontece em 1966 na Record, sagrando-se vitoriosas (por empate), “A Banda” defendida por Nara Leão e composta por Chico Buarque e; “Disparada” interpretada por Jair Rodrigues e composta por Geraldo Vandré.
A Banda
Composição : Chico Buarque
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou
E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor...
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor...
Disparada
Composição : Geraldo Vadré, Théo de Barros
Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar, eu vivo prá consertar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar, eu vivo prá consertar
Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu
Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei
Então não pude seguir valente em lugar tenente
E dono de gado e gente, porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente
Se você não concordar não posso me desculpar
Não canto pra enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que eu
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
Já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei
E dono de gado e gente, porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente
Se você não concordar não posso me desculpar
Não canto pra enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que eu
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
Já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei
II FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
(TV RECORD – 1966)
Na realidade, em 1966 houve três festivais: O da Record, o da Excelsior e o primeiro FIC (Festival Internacional da Canção).
Porta Estandarte
Olha que a vida tão linda se perde em tristezas assim
Desce o teu rancho cantando essa tua esperança sem fim
Deixa que a tua certeza se faça do povo a canção
Pra que teu povo cantando teu canto
Ele não seja
Eu
Cantando e canto sim
E não cantava se não fosse assim
Levando pra quem me ouvir
Certezas e esperanças pra trocar
Por dores e tristezas que bem sei
Um dia ainda vão findar
Um dia que vem vindo
E que eu vivo pra cantar
Na avenida girando, estandarte na mão
Pra anunciar
FESTIVAL INTERNACIONAL DA CANÇÃO - FIC
(TV RIO/REDE GLOBO – 1966)
Saveiros
NANACAYMMI
Composição : Dory Caymmi / Nelson Motta
Nem bem a noite terminouVão os saveiros para o mar
Levam no dia que amanhece
As mesmas esperanças
Do dia que passou
Quantos partiram de manhã
Quem sabe quantos vão voltar
Só quando o sol descansar
E se os ventos deixarem
Os barcos vão chegar
Quantas histórias pra contar
Em cada vela que aparece
Um canto de alegria
De quem venceu o mar
III FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
(TV RECORD – 1967)
O Festival da Música Popular Brasileira de 1967, com suas músicas escolhidas por jurados independentes mais do que nunca adotaram característica de protesto contra a ditadura militar, possibilitou aos universitários abrirem suas válvulas catalisando a liberdade e brilhando nos festivais.
O público era ligado e os festivais encarnavam o protesto. Queriam que os compositores assumissem uma postura política a favor ou contra. O festival encarnava o protesto devido à sucessão de músicas contra a ditadura militar.
A grande importância dessa versão nos dá o direito de elencar as cinco músicas mais votadas e aquela que provocou a maior polêmica de todos os festivais: Beto Bom de Bola de Ségio Ricado, o homem que quebou o violão e o atirou sobre o público aos gritos de "Vocês Ganharam".
1o – PONTEIO de Edu Lobo e Capinam interpretada por Edu Lobo, Trio Novo e Maria Medalha;
2o – DOMINGO NO PARQUE de Gilberto Gil interpretada por Gilberto Gil e os Mutantes;
3o – RODA VIVA de Chico Buarque interpretada por Chico Buarque e MPB4;
4o – ALEGRIA, ALEGRIA de Caetano Veloso interpretada por Caetano Veloso e Beat boys;
5o – MARIA CARNAVAL E CINZAS de Luís Paraná interpretada por Roberto Carlos.
Nesse mesmo ano a TV Globo organiza seu II FIC tendo como vitoriosa a canção “Margarida” interpretada por Guarabira e o Grupo Manifesto. A composição levava o nome de Gutemberg Guarabira
Ponteio
Edu Lobo
Composição : Edu Lobo/ Capinam
Era um, era dois, era cemEra o mundo chegando e ninguém
Que soubesse que eu sou violeiro
Que me desse o amor ou dinheiro...
Era um, era dois, era cem
Vieram prá me perguntar:
"Ô voce, de onde vai
de onde vem?
Diga logo o que tem
Prá contar"...
Parado no meio do mundo
Senti chegar meu momento
Olhei pro mundo e nem via
Nem sombra, nem sol
Nem vento...
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar...(4x)
Prá cantar!
Era um dia, era claro
Quase meio
Era um canto falado
Sem ponteio
Violência, viola
Violeiro
Era morte redor
Mundo inteiro...
Era um dia, era claro
Quase meio
Tinha um que jurou
Me quebrar
Mas não lembro de dor
Nem receio
Só sabia das ondas do mar...
Jogaram a viola no mundo
Mas fui lá no fundo buscar
Se eu tomo a viola
Ponteio!
Meu canto não posso parar
Não!...
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar, prá cantar
Ponteio!...(4x)
Pontiarrrrrrrr!
Era um, era dois, era cem
Era um dia, era claro
Quase meio
Encerrar meu cantar
Já convém
Prometendo um novo ponteio
Certo dia que sei
Por inteiro
Eu espero não vá demorar
Esse dia estou certo que vem
Digo logo o que vim
Prá buscar
Correndo no meio do mundo
Não deixo a viola de lado
Vou ver o tempo mudado
E um novo lugar prá cantar...
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Ponteio!...(4x)
Lá, láia, láia, láia...
Lá, láia, láia, láia...
Lá, láia, láia, láia...
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá cantar
Ponteio!...(4x)
Prá cantar
Pontiaaaaarrr!...(4x)
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola
Prá Cantar!
Eu tivesse a viola
Prá Cantar!
Domingo no Parque
Composição : Gilberto Gil
O rei da brincadeira
Ê, José!
O rei da confusão
Ê, João!
Um trabalhava na feira
Ê, José!
Outro na construção
Ê, João!...
Ê, José!
O rei da confusão
Ê, João!
Um trabalhava na feira
Ê, José!
Outro na construção
Ê, João!...
A semana passada
No fim da semana
João resolveu não brigar
No domingo de tarde
Saiu apressado
E não foi prá Ribeira jogar
Capoeira!
Não foi prá lá
Pra Ribeira, foi namorar...
No fim da semana
João resolveu não brigar
No domingo de tarde
Saiu apressado
E não foi prá Ribeira jogar
Capoeira!
Não foi prá lá
Pra Ribeira, foi namorar...
O José como sempre
No fim da semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo
Um passeio no parque
Lá perto da Boca do Rio...
No fim da semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo
Um passeio no parque
Lá perto da Boca do Rio...
Foi no parque
Que ele avistou
Juliana
Foi que ele viu
Foi que ele viu Juliana na roda com João
Uma rosa e um sorvete na mão
Juliana seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João...
Que ele avistou
Juliana
Foi que ele viu
Foi que ele viu Juliana na roda com João
Uma rosa e um sorvete na mão
Juliana seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João...
O espinho da rosa feriu Zé
(Feriu Zé!) (Feriu Zé!)
E o sorvete gelou seu coração
O sorvete e a rosa
Ô, José!
A rosa e o sorvete
Ô, José!
Foi dançando no peito
Ô, José!
Do José brincalhão
Ô, José!...
(Feriu Zé!) (Feriu Zé!)
E o sorvete gelou seu coração
O sorvete e a rosa
Ô, José!
A rosa e o sorvete
Ô, José!
Foi dançando no peito
Ô, José!
Do José brincalhão
Ô, José!...
O sorvete e a rosa
Ô, José!
A rosa e o sorvete
Ô, José!
Oi girando na mente
Ô, José!
Do José brincalhão
Ô, José!...
Ô, José!
A rosa e o sorvete
Ô, José!
Oi girando na mente
Ô, José!
Do José brincalhão
Ô, José!...
Juliana girando
Oi girando!
Oi, na roda gigante
Oi, girando!
Oi, na roda gigante
Oi, girando!
O amigo João (João)...
Oi girando!
Oi, na roda gigante
Oi, girando!
Oi, na roda gigante
Oi, girando!
O amigo João (João)...
O sorvete é morango
É vermelho!
Oi, girando e a rosa
É vermelha!
Oi girando, girando
É vermelha!
Oi, girando, girando...
É vermelho!
Oi, girando e a rosa
É vermelha!
Oi girando, girando
É vermelha!
Oi, girando, girando...
Olha a faca! (Olha a faca!)
Olha o sangue na mão
Ê, José!
Juliana no chão
Ê, José!
Outro corpo caído
Ê, José!
Seu amigo João
Ê, José!...
Olha o sangue na mão
Ê, José!
Juliana no chão
Ê, José!
Outro corpo caído
Ê, José!
Seu amigo João
Ê, José!...
Amanhã não tem feira
Ê, José!
Não tem mais construção
Ê, João!
Não tem mais brincadeira
Ê, José!
Não tem mais confusão
Ê, João!...
Ê, José!
Não tem mais construção
Ê, João!
Não tem mais brincadeira
Ê, José!
Não tem mais confusão
Ê, João!...
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!...
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!...
Roda Viva
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
ALEGRIA ALEGRIA
CAETANO VELOSO
Caminhando contra o vento
Sem lenço sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou
O sol se reparteem crimes
Espaçonaves guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes pernas bandeiras
Bomba e brigitte bardot
O sol nas bancas de revistas
Me enchem de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia?
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não? Por que não
Ela pensa em casamento e
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço sem documento
Eu vou
Eu tomo uma coca-cola
Ela pensaem casamento
Uma canção me consola
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome sem telefone
No coração do brasil
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou
Sem lenço sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo amor
Eu vou por que não? Por que não?
Sem lenço sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou
O sol se reparte
Espaçonaves
Em cardinales bonitas
Eu vou
Em caras de presidentes
Bomba e brigitte bardot
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
Por que não? Por que não
Ela pensa em casamento e
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço sem documento
Eu vou
Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa
Uma
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome sem telefone
No coração do brasil
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou
Sem lenço sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo amor
Eu vou por que não? Por que não?
Beto Bom de Bola
Como bate batucada
Beto bate bola
Beto é o bom da molecada
E vai fazendo escola
Tira de letra a pelada
Com bola de meia
Disse adeus à namorada
A lua é bola cheia
A cigana viu azar
Mas Beto não deu bola
E aceitou a proteção
Do primeiro cartola
Nas manchetes de jornal
Bebeto entrou de sola
- Extra !
- O novo craque nacional
- É o Beto Bom de bola
Beto bate bola
Beto é o bom da molecada
E vai fazendo escola
Tira de letra a pelada
Com bola de meia
Disse adeus à namorada
A lua é bola cheia
A cigana viu azar
Mas Beto não deu bola
E aceitou a proteção
Do primeiro cartola
Nas manchetes de jornal
Bebeto entrou de sola
- Extra !
- O novo craque nacional
- É o Beto Bom de bola
(Bis) - É, é, é ou não é
Até parece o Mané
Até parece o Mané
E foi pra Copa buscar a glória
E fez feliz a nação,
no maior lance da história,
E fez feliz a nação,
no maior lance da história,
Atenção ! Beto com a bola
Avança o furacão
Zero a zero no placar
É grande a confusão
Vai levando a Leonor
Rompendo a marcação
Driblou dois e agora invade
A zona do agrião
Leva um chute na canela
E vai parar no chão
Se levanta ainda com a bola
Domina o balão
Capengando dribla o béque
Que pertardo , pimba
Gooooool !!
E foi beijar o véu da noiva
O Brasil campeão !
Avança o furacão
Zero a zero no placar
É grande a confusão
Vai levando a Leonor
Rompendo a marcação
Driblou dois e agora invade
A zona do agrião
Leva um chute na canela
E vai parar no chão
Se levanta ainda com a bola
Domina o balão
Capengando dribla o béque
Que pertardo , pimba
Gooooool !!
E foi beijar o véu da noiva
O Brasil campeão !
(Bis)- É, é, é ou não é
Até parece o Mané !
Até parece o Mané !
E foi-se a Copa e foi-se a glória
E a nação se esqueceu
do maior craque da história
E a nação se esqueceu
do maior craque da história
Quando bate a nostalgia
Bate noite escura
Mãos no bolso e a cabeça
Baixa, sem procura
Beto vai chutando pedra
Cheio de amargura
Num terreno tão baldio
O quanto a vida é dura
Onde outrora foi seu campo
De uma aurora pura
Chão batido pé descalço
Mas sem desventura
Contusão, esquecimento
Glória não perdura
Mas,
Se por um lado o bem se acaba
O mal também tem cura
Bate noite escura
Mãos no bolso e a cabeça
Baixa, sem procura
Beto vai chutando pedra
Cheio de amargura
Num terreno tão baldio
O quanto a vida é dura
Onde outrora foi seu campo
De uma aurora pura
Chão batido pé descalço
Mas sem desventura
Contusão, esquecimento
Glória não perdura
Mas,
Se por um lado o bem se acaba
O mal também tem cura
(Bis) - É, é, é ou não é
Até parece o Mané
Até parece o Mané
Homem não chora
por fim da glória
Dá seu recado
enquanto durar sua história.
por fim da glória
Dá seu recado
enquanto durar sua história.
Vai se olhar no espelho
E vê
Mané Garrincha
E vê
Mané Garrincha
II FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA – 1967
(TV GLOBO)
Margarida
Composição : Gutemberg Guarabyra
Andei, terras do meu reinoem vão
Por senhora que perdi
E por quem fui descobrir
Não me crer-mais-ei aqui, me encerrei
Sou cantor e cantarei
Que em procuras de amor morri, ai!
Dor que no meu peito dói
Que destróis assim de mim
Bem sei que eu achei enfim
E que adiantou a dor,
Mas me queimou
Pois por não saber de amar
Ela ainda rainha está
Andei, terras do meu reino
Por
E por quem fui descobrir
Não me crer-mais-ei aqui, me encerrei
Sou cantor e cantarei
Que em procuras de amor morri, ai!
Dor que no meu peito dói
Que destróis assim de mim
Bem sei que eu achei enfim
E que adiantou a dor,
Mas me queimou
Pois por não saber de amar
Ela ainda rainha está
E ela está em seu castelo, olê, olê, olá
E ela está em seu castelo, olê, seus cavaleiros
E ela está em seu castelo, olê, seus cavaleiros
Ora peçam que apareça
Pois por mais que me eu me ofereça
Mais me evita essa senhora
Eu já fui rei, já fui cantor
Vou ser guerreiro, um perfeito cavaleiro
Armadura, escudo, espada,
Pra seguir na escalada
Pois por mais que me eu me ofereça
Mais me evita essa senhora
Eu já fui rei, já fui cantor
Vou ser guerreiro, um perfeito cavaleiro
Armadura, escudo, espada,
Pra seguir na escalada
Belo motivo, é por amor que vou lutando
E pelas pedras do castelo
Uma eu já vou retirando
E pelas pedras do castelo
Uma eu já vou retirando
E retirando uma pedra, olê, olê,olá
Mais uma pedra não faz falta, olê, seus cavaleiros
Mais uma pedra não faz falta, olê, seus cavaleiros
Que ainda correm pelo mundo
Ouçam só por um segundo, que eu acabo de vencer
Retirei pedras de orgulhos, majestades,
Deixei todas de humildades,de amores sem reinado
Ela então se me rendeu
Ouçam só por um segundo, que eu acabo de vencer
Retirei pedras de orgulhos, majestades,
Deixei todas de humildades,de amores sem reinado
Ela então se me rendeu
Eu já fui rei, já fui cantor, já fui guerreiro
E agora enfim sou companheiro,
Da mulher que apareceu
E agora enfim sou companheiro,
Da mulher que apareceu
Apareceu a Margarida, olê, olê, olá
Apareceu a Margarida, olê, seus cavaleiros
Apareceu a Margarida, olê, olê, olá
Apareceu a Margarida, olê...
Apareceu a Margarida, olê, seus cavaleiros
Apareceu a Margarida, olê, olê, olá
Apareceu a Margarida, olê...
TRAVESSIA
Milton NascimentoQuando você foi embora
Fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito,
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha,
E nem é meu este lugar
Estou só e não resisto,
Muito tenho prá falar
Solto a voz nas estradas,
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra,
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa,
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto,
Vou querer me matar
Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas,
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra,
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa,
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto,
Vou querer me matar
Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver
Fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito,
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha,
E nem é meu este lugar
Estou só e não resisto,
Muito tenho prá falar
Solto a voz nas estradas,
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra,
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa,
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto,
Vou querer me matar
Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas,
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra,
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa,
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto,
Vou querer me matar
Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver
Carolina
Carolina, nos seus olhos fundos guarda tanta dor, a dor de todo esse mundo
Eu já lhe expliquei, que não vai dar, seu pranto não vai nada ajudar
Eu já convidei para dançar, é hora, já sei, de aproveitar
Eu já lhe expliquei, que não vai dar, seu pranto não vai nada ajudar
Eu já convidei para dançar, é hora, já sei, de aproveitar
Lá fora, amor, uma rosa nasceu, todo mundo sambou, uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo, pela janela, ah que lindo
Mas Carolina não viu...
Carolina, nos seus olhos tristes, guarda tanto amor, o amor que já não existe,
Eu bem que avisei, vai acabar, de tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei pra lhe agradar, agora não sei como explicar
Eu bem que mostrei sorrindo, pela janela, ah que lindo
Mas Carolina não viu...
Carolina, nos seus olhos tristes, guarda tanto amor, o amor que já não existe,
Eu bem que avisei, vai acabar, de tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei pra lhe agradar, agora não sei como explicar
Lá fora, amor, uma rosa morreu, uma festa acabou, nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela, o tempo passou na janela e só Carolina não viu.
Eu bem que mostrei a ela, o tempo passou na janela e só Carolina não viu.
III FESTIVAL DE INTERNACIONAL DA CANÇÃO – 1968
(TV GLOBO
O Terceiro Festival Internacional da Canção (FIC – 1968) deu o que falar: horas antes da final o diretor da TV Globo, Walter Clark, recebe um telefonema do general Advertindo-o que a música franca favorita (Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores – Caminhando), de Geraldo Vandré, não podia ser a vitoriosa do festival por causa de seus versos altamente subversivos. O júri deu a vitória a “Sabiá” de Chico Buarque de Holanda, ficando em segundo lugar a canção de Vandré que veio a se tornar o hino de protesto contra a ditadura militar. A decisão dos jurados levou ao público imprimir uma tremenda vais quando da apresentação de Sabiá. Durante toda a apresentação, o público cantava a canção PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES como a dizer que esta era a verdadeira vencedora.
Sabiá
Chico Buarque
Composição : Tom Jobim e Chico Buarque
Vou voltarSei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabiá
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra
De um palmeira
Que já não há
Colher a flor
Que já não dá
E algum amor Talvez possa espantar
As noites que eu não queira
E anunciar o dia
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser
Que
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
E é pra ficar
Sei que o amor existe
Não sou mais triste
E a nova vida já vai chegar
E a solidão vai se acabar
E a solidão vai se acabar
Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores
Geraldo Vandré
Composição : Geraldo Vandré
Caminhando e cantandoE seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Quero casar com você
Andança
BETH CARVALHO
Composição : DaniloCaymmi, Edmundo Souto e Paulinho Tapajós
Vim tanta areia andei
Da lua cheia eu sei, uma saudade imensa
Vagando em verso eu vim vestido de cetinm
Na mão direita rosas vou levar
Olha a lua mansa...(me leva amor)
Se derramar
Ao luar descansa
Meu caminhar..(amor)
Meu olhar em festa...(me leva amor)
Se fez feliz
Lembrando a seresta
Que um dia eu fiz
(por onde for quero ser seu par)
Da lua cheia eu sei, uma saudade imensa
Vagando em verso eu vim vestido de cetinm
Na mão direita rosas vou levar
Olha a lua mansa...(me leva amor)
Se derramar
Ao luar descansa
Meu caminhar..(amor)
Meu olhar em festa...(me leva amor)
Se fez feliz
Lembrando a seresta
Que um dia eu fiz
(por onde for quero ser seu par)
Já me fiz a guerra...(me leva amor)
Por não saber
Que esta terra encerra
Meu bem-querer...(amor)
E jamais termina
Meu caminhar ...(me leva amor)
Só o amor me ensina
Onde vou chegar
(por onde for quero ser seu par)
Por não saber
Que esta terra encerra
Meu bem-querer...(amor)
E jamais termina
Meu caminhar ...(me leva amor)
Só o amor me ensina
Onde vou chegar
(por onde for quero ser seu par)
Rodei de roda andei, dança da moda eu sei
Cansei de ser sozinha
Verso encantado usei, meu namorado é rei
Nas lendas do caminho Onde andei
Cansei de ser sozinha
Verso encantado usei, meu namorado é rei
Nas lendas do caminho Onde andei
No passo da estrada...(me leva amor)
Só faço andar
Tenho a minha amada
A me acompanhar..(amor)
Vim de longe léguas
Cantando eu vim...(me leva amor)
Vou não faço tréguas
Sou mesmo assim
(por onde for quero ser seu par)
Só faço andar
Tenho a minha amada
A me acompanhar..(amor)
Vim de longe léguas
Cantando eu vim...(me leva amor)
Vou não faço tréguas
Sou mesmo assim
(por onde for quero ser seu par)
Já me fiz a guerra...(me leva amor)
Por não saber
Que esta terra encerra...(amor)
Meu bem-querer
E jamais termina
Meu caminhar...(me leva amor)
Só o amor me ensina
Onde vou chegar
(por onde for quero ser par)
Por não saber
Que esta terra encerra...(amor)
Meu bem-querer
E jamais termina
Meu caminhar...(me leva amor)
Só o amor me ensina
Onde vou chegar
(por onde for quero ser par)
IV FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA -1968
(TV RECORD)
Bem Vinda
Composição : Chico Buarque
Dono do abandono e da tristeza
Comunico oficialmente
Que há lugar na minha mesa
Pode ser que você venha por mero favor,
Ou venha coberta de amor
D7
Seja lá como for, venha sorrindo
Ah, bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda
Que o luar está chamando,
Que os jardins estão florindo
Que eu estou sozinho
Comunico oficialmente
Que há lugar na minha mesa
Pode ser que você venha por mero favor,
Ou venha coberta de amor
D7
Seja lá como for, venha sorrindo
Ah, bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda
Que o luar está chamando,
Que os jardins estão florindo
Que eu estou sozinho
Cheio de anseio e de esperança,
Comunico a toda gente
Que há lugar na minha dança
Pode ser que você venha morar por aqui,
Ou venha pra se despedir
Não faz mal pode vir até mentindo
Ah, bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda
Que o meu pinho está chorando,
Que o meu samba está pedindo
Que eu estou sozinho
Comunico a toda gente
Que há lugar na minha dança
Pode ser que você venha morar por aqui,
Ou venha pra se despedir
Não faz mal pode vir até mentindo
Ah, bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda
Que o meu pinho está chorando,
Que o meu samba está pedindo
Que eu estou sozinho
Vem iluminar meu quarto escuro,
Vem entrando com o ar puro
Todo novo da manhã
Lá vem a minha estrela madrugada,
Vem a minha namorada
Vem amada, vem urgente, vem irmã
Bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda
Que essa aurora está custando,
Que a cidade está dormindo
Que eu estou sozinho
Vem entrando com o ar puro
Todo novo da manhã
Lá vem a minha estrela madrugada,
Vem a minha namorada
Vem amada, vem urgente, vem irmã
Bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda
Que essa aurora está custando,
Que a cidade está dormindo
Que eu estou sozinho
Certo de estar perto da alegria,
Comunico finalmente
Que há lugar na poesia
Pode ser que você tenha um carinho para dar,
Ou venha pra me consolar
Mesmo assim pode entrar que é tempo ainda
Ah, bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda
Ah, que bom que você veio,
E você chegou tão linda
Eu não canteiem vão
Bem-vinda , bem-vinda, bem-vinda,
bem-vinda, bem-vinda
No meu coração
Comunico finalmente
Que há lugar na poesia
Pode ser que você tenha um carinho para dar,
Ou venha pra me consolar
Mesmo assim pode entrar que é tempo ainda
Ah, bem-vinda, bem-vinda, bem-vinda
Ah, que bom que você veio,
E você chegou tão linda
Eu não cantei
Bem-vinda
bem-vinda, bem-vinda
No meu coração
IV FESTIVAL INTERNACIONAL DA CANÇÃO – 1969
(TV GLOBO)
A edição de no 4 do FIC em 1969, promovido TV Globo, teve como vencedora “Cantiga por Luciana” composta por Paulinho Tapajós e Edmundo Souto e interpretada do Evinha. No entanto foi Malcoln Roberts que levantou o público de mais de 30.000 pessoas com a canção romântica “Love is Love” que ficou em 3o lugar.
Cantiga Por Luciana
Manhã no peito de um cantor
cansado de esperar só.
Foi tanto tempo que nem sei
das tardes tão vazias
por onde andei.
cansado de esperar só.
Foi tanto tempo que nem sei
das tardes tão vazias
por onde andei.
Luciana, Luciana,
sorriso de menina
dos olhos de mar...
Luciana, Luciana
abrace essa cantiga
por onde passar.
sorriso de menina
dos olhos de mar...
Luciana, Luciana
abrace essa cantiga
por onde passar.
Nasceu na paz de um beija-flor,
em verso, em voz de amor,
já desponta, aos olhos da manhã,
pedaços de uma vida
que abriu-se em flor.
em verso, em voz de amor,
já desponta, aos olhos da manhã,
pedaços de uma vida
que abriu-se em flor.
V FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA – 1969
(TV RECORD)
O V Festival de MPB promovido pela TV Record, sagrou-se vitoriosa a canção de Paulinho da Viola que foi interpretada por ele mesmo.
Sinal Fechado
Paulinho da Viola
Composição : Paulinho da Viola
Olá, como vai ?Eu vou indo e você, tudo bem ?
Tudo bem eu vou indo correndo
Pegar meu lugar no futuro, e você ?
Tudo bem, eu vou indo
De
Quanto tempo... pois é...
Quanto tempo...
Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negócios
Oh! Não tem de quê
Eu também só ando a cem
Quando é que você telefona ?
Precisamos nos ver por aí
Pra semana, prometo talvez nos vejamos
Quem sabe ?
Quanto tempo... pois é... (pois é... quanto tempo...)
Tanta coisa que eu tinha a dizer
Mas eu sumi na poeira das ruas
Eu também tenho algo a dizer
Mas me foge a lembrança
Por favor, telefone, eu preciso
Beber alguma coisa, rapidamente
Pra semana
O sinal ...
Eu espero você
Vai abrir...
Por favor, não esqueça,
Adeus...
Dentro do clima do tricampeonato de futebol conquistado pelo e do ufanismo da ditadura (“Ame-o ou Deixe-o”) em 1970 é editado o V FIC que teve como destaque o maestro Erlon Chaves que apresentou, acompanhado de várias mulheres brancas, beijando e agarrando-as com a música “Eu Quero Mocotó”. Erlon chaves foi preso na saída do palco. Após ser interrogado foi solto, e mais tarde, preso mais uma vez sendo proibido de exercer a profissão por 30 dias.
V FESTIVAL INTERNACIONAL DA CANÇÃO – 1970
(TV GLOBO)
Tony Tornado interprete da música “BR-3” (acreditamos pelo seu tipo de dança durante a apresentação) também foi preso sob a acusação forjada de agressão a mulher. A censura ainda o acusou de que a sigla “BR-3” significava um código entre os drogados de injetar cocaína em uma determinada veia. A censura ainda condenou a dupla de compositores Antônio Adolfo e Tibério Gaspar da música BR-3 vencedora do certame.
BR-3
Tony Tornado
Composição : Antonio Adolfo e Tibério Gaspar
A gente corre na BR-3A gente morre na BR-3
Há um foguete
Rasgando o céu, cruzando o espaço
E um Jesus Cristo feito
Crucificado
E a gente corre na BR-3
E agente morre na BR-3
Há um sonho
Viagem multicolorida
Às vezes ponto de partida
E às vezes porto de um talvez
E a gente corre na BR-3
E a gente morre na BR-3
Há um crime
No longo asfalto dessa estrada
E uma notícia fabricada
Pro novo herói de cada mês
Eu Também Quero Mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu cheguei e tô chegando
To com fome e sou pobre coitado
Me ajudem por favor
Botem mocotó no meu prato
To com fome e sou pobre coitado
Me ajudem por favor
Botem mocotó no meu prato
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Salada de mocotó
Mocotó a milanesa
Sopa de mocotó
Mocotó com abóbora
Mocotó a milanesa
Sopa de mocotó
Mocotó com abóbora
Eh...eh eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Ahhhhuuuuuu
Mocotó pai mocotó filho
Eu também vou ser da família
Eu também vou ser da família
Mocotó é abstrato....nãoooo
Mocotó é correlato....nãoooo
Mocotó é lagarto....nãoooo
O que é que mocotó e? É um barato
Mocotó é correlato....nãoooo
Mocotó é lagarto....nãoooo
O que é que mocotó e? É um barato
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Eu quero mocotó...eu quero mocotó
Mocotó é realengue
É um barato de alicerce
Põe mocotó no meu prato
Eu quero ficar relex
É um barato de alicerce
Põe mocotó no meu prato
Eu quero ficar relex
Mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...to
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...to
Ahhhhuuuuuu
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...to
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...to
É somente mocotó...é somente mocotó
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...to
Eu quero mocotó... mo...co...tó
Eu quero mocotó... mo...co...to
É mo...co...tó...é mocotó
E muito mo...co...tó...é muito mo...co...to
E muito mo...co...tó...é muito mo...co...to
Mocotó sem parar...mocotó sem parar
Mocotó é de amargar...mocotó é de amargar
É um barato mocotó...é um barato mocotó
Ele é melhor que chocolate...ele é melhor que chocolate
Mocotó é de amargar...mocotó é de amargar
É um barato mocotó...é um barato mocotó
Ele é melhor que chocolate...ele é melhor que chocolate
O VI FIC editado pela TV globo em 1971, foi vitoriosa a música “Kyrie” de Paulinho Soares e Marcelo Silva interpretada por Evinha.
Trio Ternura
(Marcello Silva & Paulinho Soares) Se eu não merecer o seu amor
Juro que vou ser um sofredor
Meu Deus não quis me dar a glória de poder amar
Só você com fé e com devoção.
Se em meu caminho um outro amor
Não quiser chegar, sozinho eu vou
Sou peregrino e sei que o dia vai chegar
(eu sei, vai chegar pra ver...)
O amor à catedral
(catedral...)
E nós dois num só olhar
Talvez, recobertos pela luz,
Felicidade enfim !
Mas se a via-crúcis que eu fizer
(mas se a via-crúcis que eu fizer...)
Não tiver a força pra mudar,
(não tiver a força p?ra mudar...)
O meu destino eu vou ter que aceitar
Pedindo a você que reze por mim, meu bem.
Oh, meu amor
Por piedade
(Marcello Silva & Paulinho Soares) Se eu não merecer o seu amor
Juro que vou ser um sofredor
Meu Deus não quis me dar a glória de poder amar
Só você com fé e com devoção.
Se em meu caminho um outro amor
Não quiser chegar, sozinho eu vou
Sou peregrino e sei que o dia vai chegar
(eu sei, vai chegar pra ver...)
O amor à catedral
(catedral...)
E nós dois num só olhar
Talvez, recobertos pela luz,
Felicidade enfim !
Mas se a via-crúcis que eu fizer
(mas se a via-crúcis que eu fizer...)
Não tiver a força pra mudar,
(não tiver a força p?ra mudar...)
O meu destino eu vou ter que aceitar
Pedindo a você que reze por mim, meu bem.
Oh, meu amor
Por piedade
Desacato
Composição : Antonio Carlos / Jocafi
Inofensivo aquele amor
Que nem sequer se acomodou
Já morreu!
Quem destratou a ilusão
Que freqüentou meu coração
Não fui eu!
Que nem sequer se acomodou
Já morreu!
Quem destratou a ilusão
Que freqüentou meu coração
Não fui eu!
Não adianta me envolver
Nas artimanhas que você
Preparou!
E vá tratando de esquecer
Leve os breguetes com você
Me zangou!
Nas artimanhas que você
Preparou!
E vá tratando de esquecer
Leve os breguetes com você
Me zangou!
Por isso agora
Deixa estar, deixa estar
Que eu vou entregar você...(2x)
Deixa estar, deixa estar
Que eu vou entregar você...(2x)
Inofensivo aquele amor
Que nem sequer se acomodou
Já morreu!
Quem destratou a ilusão
Que freqüentou meu coração
Não fui eu!
Que nem sequer se acomodou
Já morreu!
Quem destratou a ilusão
Que freqüentou meu coração
Não fui eu!
Por isso agora
Deixa estar, deixa estar
Que eu vou entregar você...(2x)
Deixa estar, deixa estar
Que eu vou entregar você...(2x)
Não adianta me envolver
Nas artimanhas que você
Preparou!
E vá tratando de esquecer
Leve os breguetes com você
Me zangou!
Nas artimanhas que você
Preparou!
E vá tratando de esquecer
Leve os breguetes com você
Me zangou!
Por isso agora
Deixa estar, deixa estar
Que eu vou entregar você
Deixa estar, deixa estar
Que eu vou entregar você
VII FESTIVAL INTERNACIONAL DA CANÇÃO – 1972
(TV GLOBO)
Em 1972, durante o VII FIC, o exército ordenou que a presidente do júri, NARA LEÃO, fosse substituída. Todo o júri se demitiu. Foram convocados novos jurados que nem sequer sabiam falar o português. Roberto Freire, um dos jurados demissionários, ao tentar ler um manifesto foi ARRANCADO à força do palco diante da estupefação da platéia. No VII FIC foi vencedora a música “Fio Maravilha” de Jorge Bem interpretada por Maria Alcina.
Fio Maravilha
E novamente ele chegou com inspiração
Com muito amor, com emoção, com explosãoem gol
Sacudindo a torcida aos 33 minutos do segundo tempo
Depois de fazer uma jogada celestial em gol
Com muito amor, com emoção, com explosão
Sacudindo
Depois de fazer uma jogada celestial em gol
Tabelou, driblou dois zagueiros
Deu um toque driblou o goleiro
Só não entrou com bola e tudo
Porque teve humildade em gol
Deu um toque driblou o goleiro
Só não entrou com bola e tudo
Porque teve humildade em gol
Foi um gol de classe
Onde ele mostrou sua malícia e sua raça
Onde ele mostrou sua malícia e sua raça
Foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa
E a galera agradecida, se encantava
Foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa
E a galera agradecida, assim cantava
E a galera agradecida, se encantava
Foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa
E a galera agradecida, assim cantava
Filho maravilha nós gostamos de você
Filho maravilha faz mais um pra gente vê
Filho maravilha faz mais um pra gente vê
FESTIVAL ABERTURA – 1975 (TV GLOBO)
Com o título de “FESTIVAL DE ABERTURA” a TV Globo apresentou mais um festival tendo sido vitoriosa “Como Um Ladrão” de Carlinhos Vergueiro e defendida por ele mesmo. No entanto, os grandes destaques foram às figuras de Clementina de Jesus e Hermeto Pascoal. O destaque musical ficou por conta de “FAROFAFÁ de Mauro Celso.
Como Um Ladrão
Composição : Carlinhos Vergueiro
Como um ladrão roubeiRostos, restos, risos
Como um ladrão corri
Riscos, mares, medos
E fui deixando rastros, marcas, mortes
E carregando pedras, presas, pesos
E me entregando sempre, sempre, sempre
Pelo prazer de ter
As sensações totais
E desprezar o tempo, o tédio, o o certo
Farofa-fa
Comprei um quilo de farinha
Pra fazer farofa
Pra fazer farofa
Pra fazer farofa fa
Pra fazer farofa
Pra fazer farofa
Pra fazer farofa fa
Comprei um pé de porco (faró fa fa)
E orelha de porco (faró fa fa)
Pus tudo isto no fogo (faró fa fa)
E remexi direito (faró fa fa)
Com a fome de um lobo (faró fa fa)
Eu calcei o meu peito (faró fa fa)
E orelha de porco (faró fa fa)
Pus tudo isto no fogo (faró fa fa)
E remexi direito (faró fa fa)
Com a fome de um lobo (faró fa fa)
Eu calcei o meu peito (faró fa fa)
Fa
Faró Faró Faró
Faró Faró Faró
Faró Faró Faró Fa Fa
Faró Faró Faró
Faró Faró Faró
Faró Faró Faró Fa Fa
Farinha de mandioca (faró fa fa)
E pimenta malagueta (faró fa fa)
Eu gosto de farofa (faró fa fa)
Comi, não faço careta (faró fa fa)
Mas sou forte como um touro (faró fa fa)
Da cabeça inteligente (faró fa fa)
Só não mastigo tijolo (faró fa fa)
Porque me estraga os dentes (faró fa fa)
Fa E pimenta malagueta (faró fa fa)
Eu gosto de farofa (faró fa fa)
Comi, não faço careta (faró fa fa)
Mas sou forte como um touro (faró fa fa)
Da cabeça inteligente (faró fa fa)
Só não mastigo tijolo (faró fa fa)
Porque me estraga os dentes (faró fa fa)
Faró Faró Faró
Faró Faró Faró
FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA – 1979
(TV TUPI)
O Festival de MPB de 1979 na TV Tupi, em sua finalissima teve lugar no Palácio das Convenções do Anhembi em São Paulo. A premiada foi a canção “Quem Me Levará Sou Eu” de Dominguinhos e Manduca interpretada por Fagner. O destaque do Festival ficou com Osvaldo Montenegro (compositor e intérprete).
Quem me levará sou eu
Dominguinhos
Amigos a gente encontraO mundo não é só aqui
Repare naquela estrada
Que distância nos levará
As coisas que eu tenho aqui
Na certa terei por lá
Segredos de um caminhão
Fronteiras por desvendar
Não diga que eu me perdi
Não mande me procurar
Cidades que eu nunca vi
São casas de braços a me agasalhar
Passar como passam os dias
Se o calendário acabar
Eu faço contar o tempo outra vez, sim
Tudo outra vez a passar
Não diga que eu fiquei sozinho
Não mande alguém me acompanhar
Repare, a multidão precisa
De alguém mais alto a lhe guiar
Quem me levará sou eu
Quem regressará sou eu
Não diga que eu não levo a guia
De quem souber me amar
Bandolins
Composição : Oswaldo Montenegro
Como fosse um par que
Nessa valsa triste
Se desenvolvesse
Ao som dos Bandolins...
Nessa valsa triste
Se desenvolvesse
Ao som dos Bandolins...
E como não?
E por que não dizer
Que o mundo respirava mais
Se ela apertava assim
Seu colo como
Se não fosse um tempo
Em que já fosse impróprio
Se dançar assim
E por que não dizer
Que o mundo respirava mais
Se ela apertava assim
Seu colo como
Se não fosse um tempo
Em que já fosse impróprio
Se dançar assim
Ela teimou e enfrentou
O mundo
Se rodopiando ao som
Dos bandolins...
O mundo
Se rodopiando ao som
Dos bandolins...
Como fosse um lar
Seu corpo a valsa triste
Iluminava e a noite
Caminhava assim
Seu corpo a valsa triste
Iluminava e a noite
Caminhava assim
E como um par
O vento e a madrugada
Iluminavam a fada
Do meu botequim...
O vento e a madrugada
Iluminavam a fada
Do meu botequim...
Valsando como valsa
Uma criança
Que entra na roda
A noite tá no fim
Uma criança
Que entra na roda
A noite tá no fim
Ela valsando
Só na madrugada
Se julgando amada
Ao som dos Bandolins...
Só na madrugada
Se julgando amada
Ao som dos Bandolins...
FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA – 1980
(TV GLOBO)
O Festival de MPB de 1980, editado pela TV Globo teve como vencedora a canção de Mongol sob o título de “Agonia” e defendida por Osvaldo Montenegro. O destaque desse festival foi JESSÉ que recebeu o prêmio de melhor intérprete masculino, dono de uma bela voz, infelizmente falecido muito cedo.
Agonia
Oswaldo Montenegro
Se fosse resolveriria te dizer
foi minha agonia
Se eu tentasse entender
por mais que eu me esforçasse
eu não conseguiria
E aqui no coração
eu sei que vou morrer
Um pouco a cada dia
E sem que se perceba
A gente se encontra
Pra uma outra folia
Eu vou pensar que é festa
Vou dançar, cantar
é minha garantia
E vou contagiar diversos corações
com minha euforia
E a amargura e o tempo
vão deixar meu corpo,
minha alma vazia
E sem que se perceba a gente se encontra
pra uma outra folia
Foi Deus Quem Fez Você
Composição : Luís Ramalho
Fez a lua que prateia
Minha estrada de sorrisos
E a serpente que expulsou
Mais de um milhão do paraíso.
Minha estrada de sorrisos
E a serpente que expulsou
Mais de um milhão do paraíso.
Foi Deus quem fez você;
Foi Deus que fez o amor;
Fez nascer a eternidade
Num momento de carinho.
Foi Deus que fez o amor;
Fez nascer a eternidade
Num momento de carinho.
Fez até o anonimato
Dos afetos escondidos
E a saudade dos amores
Que já foram destruídos.
Foi Deus!
Dos afetos escondidos
E a saudade dos amores
Que já foram destruídos.
Foi Deus!
Foi Deus que fez o vento
Que sopra os teus cabelos;
Foi Deus quem fez o orvalho
Que molha o teu olhar. Teu olhar...
Foi Deus que fez as noites
E o violão planjente;
Foi Deus que fez a gente
Somente para amar. Só para amar...
Que sopra os teus cabelos;
Foi Deus quem fez o orvalho
Que molha o teu olhar. Teu olhar...
Foi Deus que fez as noites
E o violão planjente;
Foi Deus que fez a gente
Somente para amar. Só para amar...
A MASSA
RAIMUNDO SODRÉ
Refrão 2x
Que salta aos olhos igual a um gemido calado
A sombra do mal-assombrado é a dor de nem poder chorar
Moinho de homens que nem girimuns amassados
Mansos meninos domados, massa de medos iguais
Amassando a massa a mão que amassa a comida
Esculpe, modela e castiga a massa dos homens normais
Que salta aos olhos igual a um gemido calado
A sombra do mal-assombrado é a dor de nem poder chorar
Moinho de homens que nem girimuns amassados
Mansos meninos domados, massa de medos iguais
Amassando a massa a mão que amassa a comida
Esculpe, modela e castiga a massa dos homens normais
Quando eu lembro da massa da mandioca mãe, da massa } 4
A dor da gente é dor de menino acanhado
Menino-bezerro pisado no curral do mundo a penar
Que salta aos olhos igual a um gemido calado
A sombra do mal-assombrado é a dor de nem poder chorar
Menino-bezerro pisado no curral do mundo a penar
Que salta aos olhos igual a um gemido calado
A sombra do mal-assombrado é a dor de nem poder chorar
Quando eu lembro da massa da mandioca mãe, da massa } 4
( só percução )
Quando eu lembro da massa da mandioca mãe, da massa
Nunca mais me fizeram aquela presença, mãe
Da massa que planta a mandioca, mãe
A massa que eu falo é a que passa fome, mãe
A massa que planta a mandioca, mãe
Quand je rappele de la masse du manioc, mére
Quando eu lembro da massa da mandioca
Quando eu lembro da massa da mandioca mãe, da massa
Nunca mais me fizeram aquela presença, mãe
Da massa que planta a mandioca, mãe
A massa que eu falo é a que passa fome, mãe
A massa que planta a mandioca, mãe
Quand je rappele de la masse du manioc, mére
Quando eu lembro da massa da mandioca
Lelé meu amor lelé no cabo da minha enxada não conheço "coroné"
Eu quero mas não quero (camarão). minha mulher na função (camarão)
Que está livre de um abraço, mas não está de um beliscão
Torna a repetir meu amor: ai, ai, ai!
É que o guarda civil não quer a roupa no quarador
Meu deus onde vai parar, parar essa massa
Meu deus onde vai rolar, rolar essa massa
Eu quero mas não quero (camarão). minha mulher na função (camarão)
Que está livre de um abraço, mas não está de um beliscão
Torna a repetir meu amor: ai, ai, ai!
É que o guarda civil não quer a roupa no quarador
Meu deus onde vai parar, parar essa massa
Meu deus onde vai rolar, rolar essa massa
I FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
GLOBO/SHELL – 1981 TV GLOBO
A TV Globo em 1981 promoveu o Festival Globo/Shell tendo como vitoriosa a canção “Purpurina” do compositor Jerônimo Jardim e como intérprete Lucinha Lins. Destacamos aqui a mais expressiva vaia já acontecida em um festival, visto que a preferida pelo público era “Planeta Água” de Guilherme Arantes e por ele mesmo interpretada.
Lucinha LinsJerônimo Jardim
Intérprete: Lucinha Lins
Música vencedora do Festival MPB Shell 81.
Se você pensa que vai me seduzir
Se você pensa que vai me arrepiar
Pode ser, mas eu sou feito purpurina
Se uma luz não ilumina
Não há jeito de brilhar
Se você só chega por chegar
Nenhuma lanterna no olhar
Nosso show não pode acontecer
Sem o palco se acender
Eu não vou representar
Se você pensa que vai me seduzir
Se você pensa que vai me arrepiar
Pode ser, pois eu sou feito bailarina
Se a rebita se ilumina
Fico roxa pra dançar.
Intérprete: Lucinha Lins
Música vencedora do Festival MPB Shell 81.
Se você pensa que vai me seduzir
Se você pensa que vai me arrepiar
Pode ser, mas eu sou feito purpurina
Se uma luz não ilumina
Não há jeito de brilhar
Se você só chega por chegar
Nenhuma lanterna no olhar
Nosso show não pode acontecer
Sem o palco se acender
Eu não vou representar
Se você pensa que vai me seduzir
Se você pensa que vai me arrepiar
Pode ser, pois eu sou feito bailarina
Se a rebita se ilumina
Fico roxa pra dançar.
II FESTIVAL DE MÚSICA POPULAR BRASILEIRA GLOBO/SHELL -1982 (TV GLOBO)
O samba de Paulinho Débito e Paulo Rezende “Pelo Amor de Deus” que defendida por Emílio Santiago, foi à vencedora do Festival Globo/Shell de 1982, aplaudida, cantada e dançada pelo público que lotava o Teatro Fênix.
Pelo Amor de Deus
Emílio Santiago
Pelo amor de DeusClareia a minha solidão
Acende a luz do teu perdão
Apaga esse adeus do olhar
Faz dos medos meus
Receios sem nenhum valor
Desperta o nosso imenso amor
Não custa nada perdoar
Você virou tatuagem no meu pensamento e no meu coração
Fez uma estranha miragem à beira dos olhos e longe das mãos
Perdoa meu amor
Nobreza maior que o perdão
Não há no reino da paixão
Perdoameu amor
Nobreza maior que o perdão
Não há no reino da paixão
FESTIVAL DOS FESTIVAIS – 1985 (TV GLOBO)
Em 1885 o Festival dos Festivais promovido pela TV Globo, produzido por Solano Ribeiro, teve algumas inovações. Organizado em nove regiões por todo o Brasil, a fase eliminatória selecionava duas músicas que, juntamente com as das outras regiões, iria disputar à final. No caso de São Paulo e Rio de Janeiro, foram selecionadas cinco músicas. A vencedora foi “Encontro Com As Estrelas” defendida por Tetê Espíndola composta por Arnaldo Black e Carlos Rennó.
Escrito nas Estrelas
Tetê Espíndola
Você pra mim foi o solDe uma noite sem fim
Que acendeu o que sou
E renasceu tudo em mim
Agora eu sei muito bem
Que eu nasci só pra ser
Sua parceira, seu bem
E só morrer de prazer
Caso do acaso
Bem marcado em cartas de tarôt
Meu amor, esse amor
De cartas claras sobre a mesa
É assim
Signo do destino
Que surpresa ele nos preparou
Meu amor, nosso amor
Estava escrito nas estrelas
Tava, sim
Você me deu atenção
E tomou conta de mim
Por isso minha intenção
É prosseguir sempre assim
Pois sem você, meu tesão
Não sei o que eu vou ser
Agora preste atenção
Quero casar com você
OS MILITARES DE PLANTÃO ENGROSSAM O CALDO
A cesura militar proibiu que a canção de Vandré tocasse nas rádios, no entanto não conseguiu proibir que fosse cantada em todos os eventos e cerimônias de protesto. Dois meses mais tarde o general de plantão decretou o Ato Institucional no5 (AI-5). O plantonista assumindo postura mais agressiva e repressiva prende Caetano Veloso e Gilberto Gil para mais tarde serem exilados em Londres. Vandré conseguiu fugir do país; Chico Buarque vai para a Itália e a censura concentra-se, cada vez mais, nas letras de músicas de festivais.
Dessa forma, o principal veículo de protesto, os festivais, entra em declínio vertiginosamente ladeira abaixo.
Mesmo com os problemas ocorridos, a TV Globo ainda editou festivais até 1972, o VI. FIC. È nesse festival que ocorre um fato, no mínimo deselegante. O exército ordenou que a presidente do júri fosse substituída. Todo corpo de jurados se demitiu, sendo substituídos por jurados que nem sabiam falar o português. Com o fim da Ditadura Militar restou a aqueles jovens compositores a certeza que representaram seu papel na linha de frente, tendo a Música Popular Brasileira como veículo, estabelecendo um novo marco na dinâmica musical.
A MÚSICA SOB A BOMBA
O show de comemoração de 1o maio teve sua primeira edição em 1979, às vésperas da “Lei da Anistia” e se encerrou, confirmando os temores de Gonzaguinha, em 1981. O Primeiro de Maio reunia pessoas politicamente preocupadas com os rumos do país e também aquelas que independentemente disso, estavam minimamente interessadas em música popular. Todos fomos acudir o chamado geral da música e ao clamor pela democracia.
O show de Primeiro de Maio de 1981 contava com a participação das grandes expressões da Música Popular Brasileira.
Coube a Gonzaguinha anunciar para uma platéia de mais de 20.000 pessoas que lotavam o RIOCENTRO que duas bombas haviam explodido durante o espetáculo. Assim Gonzaguinha fez seu curto discurso: ”Eu devo dizer a vocês uma coisa que é muito importante. As pessoas organizadoras da festa me pediram. Durante o espetáculo explodiram, eu disse explodiram duas bombas. Essas duas bombas que explodiram foram mais duas tentativas de acabar com a realização dessa festa, que foi conseguida (aplausos e gritos de apoio). Essas duas bombas representam exatamente uma luta para destruir aquilo que nós tos queremos: uma democracia e uma liberdade! (mais aplausos e gritos). Lembrem-se muito bem disso. Porque depende de vocês esta festa no ano que vem. Desculpem. Desculpe, meu pai. A festa é sua”. (Texto extraído do Jornal O Globo de 24 de abril de 2011).
Na segunda metade dos anos 70, o governo Geisel determinou a desmobilização da máquina de torturar e matar nos porões do regime que direção, indo da brutalidade para ações de inteligências, com a reestruturação dos DOIs.
Os militares que participavam nos porões dos DOI/CODS não se conformaram com as mudanças formaram grupos independentes, partindo para as ações “isoladas”. Muitos foram os atentados que serviriam para desmoralizar pessoas e instituições que de forma direta ou indireta combatiam a ditadura militar. Vejamos alguns episódios: a) Explosão de uma bomba numa igreja de Nova Iguaçu; b) Atentado contra a OAB com a morte da secretária Lyda Monteiro; c) Atentado contra a Câmara Municipal; d) atentado contra a SUNAB, e) atentado contra Bancas de Jornal; f) Explosão de bomba no Jornal Tribuna Operária; g) Bomba Relógio encontrada no escritório de Sobral Pinto; h) Bomba Relógio encontrada no Hotel Everest no dia que estava hospedado Leonel Brizola.
GONZAGUINHA UMA HISTÓRIA À PARTE
Comportamento Geral
Composição : Gonzaguinha
Você deve notar que não tem mais tutu
e dizer que não está preocupado
Você deve lutar pela xepa da feira
e dizer que está recompensado
Você deve estampar sempre um ar de alegria
e dizer: tudo tem melhorado
Você deve rezar pelo bem do patrão
e esquecer que está desempregado
e dizer que não está preocupado
Você deve lutar pela xepa da feira
e dizer que está recompensado
Você deve estampar sempre um ar de alegria
e dizer: tudo tem melhorado
Você deve rezar pelo bem do patrão
e esquecer que está desempregado
Você merece, você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com o teu Carnaval?
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com o teu Carnaval?
Você merece, você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com o teu Carnaval?
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com o teu Carnaval?
Você deve aprender a baixar a cabeça
E dizer sempre: "Muito obrigado"
São palavras que ainda te deixam dizer
Por ser homem bem disciplinado
Deve pois só fazer pelo bem da Nação
Tudo aquilo que for ordenado
Pra ganhar um Fuscão no juízo final
E diploma de bem comportado
E dizer sempre: "Muito obrigado"
São palavras que ainda te deixam dizer
Por ser homem bem disciplinado
Deve pois só fazer pelo bem da Nação
Tudo aquilo que for ordenado
Pra ganhar um Fuscão no juízo final
E diploma de bem comportado
Você merece, você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com o teu Carnaval?
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com o teu Carnaval?
Você merece, você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com o teu Carnaval?
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com o teu Carnaval?
Você merece, você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Tudo vai bem, tudo legal
E um Fuscão no juízo final
Você merece, você merece
Você merece, você merece
E diploma de bem comportado
Você merece, você merece
Você merece, você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Participando das rodas de Samba na casa do psiquiatra Aluízio Porto Carrero, nasceu o M.A.U. (Movimento Artístico Universitário), fazendo parte Ivan, Aldir Blanc, Paulo Emílio, Cesar Costa Filho. Segundo o jovem Ivan Lins, “esse grupo pretendia romper as barreiras do mercado de trabalho com a consciência de que os festivais não projetavam ninguém”. O M.A.U acabaria sugado pela TV Globo que em 1971 lançava o programa “Som Livre Exportação”
Na renovação do contrato, enquanto todo o grupo do M.A.U. permanecia junto para ganhar força e garantir a sobrevivência, Ivan Lins “vacilou” e assinou o contrato individualmente.
No entendimento de Gonzaguinha, “não era uma questão de eu ser Mais ou menos forte que o Ivan. É uma questão estrutural. Só isso”. E continua: “A minha imagem de antipatia não permite que as pessoas tentassem me cooptar. Isso me deixava muito distante”.
Em 1973, no Programa Flávio Cavalcante, Gonzaguinha apresentou a música “Comportamento Geral”. Foi advertido pela censura. Como seu disco estourou no mercado passando a ser muito bem vendido, Gonzaguinha foi “convidado” a prestar esclarecimentos ao DOPS. Esta foi a primeira das muitas vezes. Certo momento, como era norma, as músicas a serem gravadas deveriam ser enviadas à censura. Gonzaguinha para gravar um LP de 18 músicas, enviou 72 das quais 54 foram vetadas.
Certo dia, em um de seus inúmeros shows, Gonzaguinha declarava: “Com o passar do tempo vamos aprendendo a conviver com a censura. Para que as músicas fossem liberadas, passei a enviar as letras de música romântica colocando títulos pesados sabendo que iria chamar a atenção dos censores. Como a música era “inocente”, era liberada. Outra forma de driblar a censura era enviar a música dividida em partes. Na hora de gravar e cantar juntava todas as partes na íntegra. Só assim dava para sobreviver. Segue algumas músicas Luis Gonzaga Junior (Gonzaguinha): 1) COM A PERNA NO MUNDO, 2) CHÃO PÓ POEIRA, 3) CAVALEIRO SOLITÁRIO, 4) ACREDITO NA RAPAZIADA, 5) ACHADOS E PERDIDOS, 6)AMANHÃ OU DEPOIS, 7) COMEÇARIA TUDO OUTRA VEZ, 8) COMPORTAMENTO GERAL, 9) E VAMOS À LUTA, 10) GALOPE, 11) O QUE É O QUEÉ, 12) PACATO CIDADÃO, 13) PEQUENA MEMÓRIA PARA UM TEMPO SEM MEMÓRIA, 14) UM HOMEM TAMBÉM CHORA, 15) VAI MEU POVO E 16) A CIDADE CONTRA O CRIME.
CONCLUSÃO
Não conheço nenhuma estatística, mas, possivelmente, Gonzaguinha foi o compositor que mais produziu música de PROTESTO durante a ditadura militar. Infelizmente um acidente automobilístico o levou do nosso convívio.
Ao final de entrevista publicada na INTERNET, Solano Ribeiro diz que “as manifestações relativas aos festivais foram se perdendo, visto que, a Televisão deveria dar mais importância à música do que está dando atualmente”. E continuando afirma: “A Televisão serve mais como instrumento para fazer sucesso de modismo, Axé, os Sertanejos, que tem uma música que é quase Country americano traduzida para o português. É uma coisa que não faz parte de uma cultura popular enraizada.
Galeria de artistas, compositores, intérpretes, cantores, pessoas que, de forma geral, contribuíram para a grandeza da MÚSICA POPULAR BRASILEIRA e, protestaram se posicionando contra os desmandos do grupo que se apoderara do poder. A todos eles (presentes e ausentes nossos aplausos, admiração e respeito.
GALERIA DOS ASTROS E ESTRELAS PARTICIPANTES DOS FESTIVAIS
CRÉDITO DAS LETRAS E FOTOS
Na impossibilidade de identificação a autoria das letras das canções e das fotos. Se em futuro vier a ser reconhecido, estaremos prontos a corrigir e publicar.
Agradecemos, de modo geral, à INTERNET pela facilidade do acesso. Ao jornal “O Globo”, pela reportagem “A Música Sob a Bomba”. Ao jornalista Nelson Mota pela lembrança de muitos momentos vividos nas décadas de 60/70 do século passado.
Belford Roxo, maio de 2011
José Floriano Oliveira
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