quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
 
DA COMPOSIÇÃO
Ficheiro:Cms BANCOIMAGEMFOTOMINISTRO bancoImagemFotoMinistro AP 88800.jpg

A mais Alta Corte de Justiça do Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF), é composta por 11 (onze) ministros escolhido dentre cidadãos de notório saber e que tenham idade entre 35 e 65 anos, submetidos a sabatina do Senado Federal, e, aprovado, nomeado pelo presidente da república.

DA COMPETÊNCIA

Ficheiro:Brazilian Supreme Federal Tribunal.jpg O Supremo Tribunal Federal tem como competência precípua a guarda da Constituição Federal determinado pelo seu artigo 102. Assim sendo, cabe ao STF o julgamento da inconstitucionalidade de uma Lei, ou Ato Normativo (federal ou estadual).

O EMBATE

A partir da criação da emenda Constitucional 45 votada pelo Senado dando vida a Comissão Nacional de Justiça com as finalidades já grafadas acima, nasce a diferença entre os dois órgãos apesar de sua composição ser basicamente de juristas e a presidência do presidente do STF. A realidade é que não interessa aos ministros e juízes serem “controlados”, ou seja, querem que seus atos, não importando qual, mesmo os deslizes, tenham como fiscalizadores o próprio corpo.
A motivação, portanto, é a frase da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que faz parte da composição da Comissão Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, que afirmou à imprensa “que bandidos se escondem atrás da toga”. O presidente do STF, Cézar Peluso, criticou a corregedora do CNJ exigindo a retratação. A corregedora não se retratou, mas declarou que “não teve a intenção de generalizar as acusações”.
O ministro Marco Aurélio falando a o Globo, afirmou: “A nossa corregedora cometeu um pecadilho, mas também não merece a excomunhão maior. Ela tem uma bagagem de bons serviços prestados a sociedade brasileira. É uma juíza de carreira, respeitada”.
A bem da verdade a corregedora Eliana Calmon sempre se destacou desde que chegou ao Superior Tribunal de Justiça:
- Assinou as ordens de prisão a todos os investigados (inclusive juízes) na Operação Dominó (2006);
- Decretou com uma única assinatura, a prisão de mais de 40 investigados na Operação Navalha (2007);
- Agora, há poucos dias, a ministra criticou a decisão dos colegas do STJ em anular a Operação Castelo de Areia uma das maiores operações da Polícia Federal sobre fraudes em obras públicas e caixa dois de campanhas eleitorais.
É uma voz dissonante? Faz pregação no deserto? É uma mulher valente, de estirpe? Não, o certo é que, com certeza, ela tem respeito por ela e pelo cargo que ocupa independentemente das mazelas da nossa justiça. Morosa, sistema arcaico, falível. Ela está querendo dizer que os juízes são seres humanos passíveis de erro. Não são inimputáveis, muito menos intocáveis. A Lei da Ficha Limpa cabe também aos juízes corruptos.
Ficheiro:A Justica Alfredo Ceschiatti Brasilia Brasil.jpgParabéns, senhora Eliana Calmon, o Brasil te saúda.

O CORPORATIVISMO

Já dizia os mais velhos: "o que abunda não prejudica só acrescenta". Assim sendo, passo a reproduzir parte do texto de Tatiana farah na página 3 (O PAÍS) de o Globo do dia 30 de setembro de 2011o que pensa o cientista político Carlos Melo, do Insper, sobre a questão do corporativismo: "A reação dos magistrados ao poder de punição do CNJ e a atuação dos parlamentares do Conselho de Ética da câmara que decidiram não investigar as denúncias contra Valdemar da Costa Neto (PR-SP) tem um elemento comum 'a praga do corporativismo'.
Valdemar foi denunciado por suposta ligação em casos de superfaturamento no Ministério dos Transportes, mas seus colegas arquivaram a denúncia.
O corpo dos parlamentares livrou cara do deputado enquanto o corpo dos magistrados se uniu para evitar o controle do CNJ. O corporativismo é um grande problema no Brasil".
O cientista político Francisco de Oliveira diz que "se espera qualquer coisa de um deputado mas de um juiz, não. O juiz tem uma imagem construída ao longo da História e, mesmo sendo apenas uma imagem, ele dceveria se esforçar para corresponder a ela. É por isso que a sociedade tanto se espanta com a crise no al magistrado brasileiro:
- O brasileiro não é em essência, ladrão nem corrupto. Mas tem certa toleância com a corrupção. Essa tolerância é menor, no entanto, quando se trata do comportamento de um juiz". E complementa: "Caso o STF capitule nos poderes do CNJ e de sua corregedoria nacional, o judiciário vai ver um atraso".
 Vários são os exemplos que poderiam ser citados. No entanto, apresentaremos a Lei da Ficha Limpa por ter sido de iniciativa popular, ato inédito de movimentos populares no Brasil, sem a participação de políticos ou outras organizações sociais. Vejamos:

O MOVIMENTO DE COMBATE A CORRUPÇÃO ELEITORAL
Com representatividade de mais de 1.600.000 assinaturas, o MCCE (Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral) enviou o projeto de lei complementar de nº 135/2010 ao legislativo que, após ser transformado em Lei foi respaldado por mais de 40 organizações nacionais que lançaram na sede do Conselho Federal da Ordem dos advogados do Brasil um manifesto dirigido ao STF em defesa da constitucionalidade da Lei de Ficha Limpa como ficou conhecida a ser julgada no dia 22 de setembro de 2010 por aquela Corte.
Julgada a petição e por contarem com 10(dez) membros, o ministros Eros Grau havia se aposentado, o STF ficou dividido empatando em 5 a 5. Prevaleceu, portanto, a norma de que as novas leis que regulam eleições só entram em vigor um ano após sua aprovação.
Passado um ano, estando o STF recomposto em seus 11 (onze) ministros a Lei da Ficha Limpa deve entrar em pauta para julgamento de sua constitucionalidade.
Alguns ministros do STF entendem que os candidatos não devem ser punidos por aquilo que tenha feito em data anterior à lei entrar em vigor (devem ter aplaudido a absolvição da deputada Jaqueline Roriz). Esquecem eles que o cidadão, principalmente aquele que se propõe em representar a sociedade, deve ter postura ilibada. Em outras palavras, “Ser ficha limpa” e por si só, inelegível. O povo brasileiro ao propor a Lei Complementar 135, só deseja não permitir a presença de “CORRUPTOS” como seus representantes, moralizar o legislativo não permitindo que o mesmo seja esconderijo protegendo com a imunidade a criminosos.
Entendemos, ainda, que os partidos políticos devem, ao convidar o cidadão a candidatar-se, verificar seus antecedentes para não se tornar conivente e passível de punição.

DO SALÁRIO

A Suprema Corte de Justiça do Brasil (STF), um dos três poderes da República Brasileira, composta por seus 11 (onze) ministros, recebe o mais alto salário do funcionalismo brasileiro e serve de parâmetro para os salários que se encontram em nível inferior, como por exemplo:
STF –----------------------------------------- R$ 26.723,13
TS –------------------------------------------ R$ 25.386,97
Juizes Federal, Trabalhista e Estadual – R$ 22.911,77
Em termos percentuais, a diferença entre o STF e TS é de 5% (cinco por cento) e. entre este e os de tribunais é de 10% (dez por cento). Como pode ser observado, quando os ministros do STF tentaram legislar em causa própria elevando seus salários, foram vetados pela presidente. Dos R$ 32.000,00 desejados ficou em 26.723,13, ou seja, menos 19.7%. Alegam ainda os ministros do STF que desde 2002 não recebiam aumento de salário. Inverdade. Entre 2002 e dezembro de 2010 os ministros do STF receberam 34% de reajuste. Em se considerando o salário de R$ 32.000,00 o impacto nas contas da União seria de R$ 8.350.000.000,00 (oito bilhões e trezentos e cinqüenta milhões de reais). Entenderam o que é o efeito cascata? É isso mesmo. O aumento de salário dos 11 (onze) ministros afeta toda uma cadeia.
Bem, mas a história não acabou. Independentemente de reajuste salarial, os ministros recebem uma série de vantagens e regalias. Vejamos, o Tribunal tem:
O orçamento do STF foi de R$ 518.000.000,00 (quinhentos e dezoito milhões)
Seus funcionários custaram, nesse mesmo ano R$ 315.000.000,00 (trezentos e quinze milhões)
- 1.096 cargos efetivos;
- 578 cargos comissionados;
- 1.148 postos de trabalho terceirizados;
Até aqui já temos 2822 funcionários, ou seja, 256 funcionários em média por ministro.
Dentre os terceirizados somamos 435 seguranças sendo que 400 estão espalhados na sede  e casa dos ministros;
Os recepcionistas são mais de 230. Se dividirmos esse número por 11 (ministros) teremos 21 recepcionistas para cada ministro;
O presidente do STF, Cézar Peluso tem a seu dispor para protegê-lo 9 (nove) seguranças em São Paulo independentemente daqueles que se encontram em Brasília.
E mais. A assistência médica e odontológica custou ao STF em 2010 a “bagatela” de R$ 16 milhões.
Sem querer mudar de assunto, mas para efeito comparativo, o que vemos na nossa justiça, um dos poderes da república é insignificante ao comparado com legislativo (Câmara de deputados e Senado). Vejamos os salários dos deputados, sabendo que os senadores teêm salários superiores:
DEPUTADOS FEDERAIS
Salário – R$ 26.700.00
Ajuda de Custo – R$ 35.053,00
Auxílio Moradia – R$ 3.000.00
Auxílio Gabinete – R$ 60.000.00
Bônus Natalino (dobrado) – R$ 53.400,00
Passagem, Estadia – Primeira Classe
Aposentadoria – Integral após 8 (oito) anos de mandato
Jornada de Trabalho – 3ª, 4ª e 5ª
Fonte de Custeio – NOSSO BOLSO
E viva o Brasil.

CRÉDITOS
- Constituição Federal
- Jornal o Globo
- Internet

Belford Roxo, 30 de setembro de 2011

José Floriano Oliveira

sábado, 24 de setembro de 2011

A QUEM DEVEMOS CULPAR


A QUEM DEVEMOS CULPAR?

Temos acompanhado através dos meios de comunicações vários casos de delitos em nossa e outras sociedades. No nosso caso mais uma barbárie nos deixa estarrecidos. Refiro-me a fato de uma criança de dez anos de posse um revólver calibre 38, atirar em uma professora em plena sala de aula onde se encontrava mais 25 crianças vindo a suicidar-se logo após.
Buscar culpados ou explicações para tal fato, no mínimo, é ser inconseqüente. Tentarei, aqui, traduzir o pensamento de alguns segmentos da sociedade, sem, no entanto, ser imperativo.
No caso da Igreja Católica, esta diria que nos “mandamentos” da igreja estabelece que seja pecado matar, e, sendo procurada, rezar uma missa, pedindo a Deus que tome conta de sua alma.
Para a Igreja Universal e suas similares, esta iria considerar que o fato é “obra do demônio” e que a família precisa ser exorcizada.
Para os cardecistas, o ocorrido é parte da dívida de “vidas anteriores” e que em algum momento iria acontecer como forma de resgate.
Para os psicólogos as explicações viriam de exemplos deixados por filósofos e a constatação do “modismo” de que aparentemente, trata-se de bullyng.
A polícia por sua vez, diria que a cada momento estes fatos se tornam corriqueiros, mas que nada pode declarar por se tratar de uma criança de dez anos, portanto as investigações correrão em segredo de justiça.
O educador diria que o problema se encontra na família por não oferecer o mínimo de atenção em casa, permitindo à criança toda facilidade, liberdade e mais, deixando toda a responsabilidade da educação para a escola, visto que as crianças passam o dia todo sozinhas em casa e, muita delas, responsáveis por irmãos mais novos.
O cidadão comum, diria tratar-se de mais um caso dentre tantos outros que a “cidade grande” oferece.
A imprensa em todo seu corpo, dirá que mais uma catástrofe se abateu sobre a família brasileira. No entanto, e principalmente, a imprensa popular, fará cara de choro mandando seus pesares à família, mas entende como uma boa fonte de reportagem para a venda seus jornais.
A realidade é que diante das facilidades existentes, e do não engajamento dos órgãos públicos, autoridades, políticos (legislativo, executivo e judiciário), ou seja, aqueles que são responsáveis e tem o dever pelo encaminhamento de políticas educacionais, investindo, como já fizeram outros países há trinta anos atrás tinham uma educação menos desenvolvida que a do Brasil,  o ultrapassou e se encontra com a sociedade desenvolvida, enquanto isso, nossa política educacional regride a época medieval ensinando a nossas crianças “ler e contar”, haja vista o desempenho da escola pública no último ENEM.
Para explicar o mau desempenho, surgem os políticos com frases prontas ou de efeito (diria que retardado) afirmando seu compromisso em “até o final do governo” resolver os problemas da educação, como se educação se resolvesse em curto prazo ou se estivesse em campanha eleitoral (educação, saúde e segurança). O cidadão brasileiro não precisa ter curso superior para descobrir que estes três itens citados acima se encontra nas propostas de todos os partidos políticos (e ainda querem que os futuros candidatos venham a ser escolhidos em lista fechada) tirando do cidadão o direito de escolher seu candidato.
Por último, ainda existe aqueles que por ignorância ou comodidade irão colocar a culpa na televisão ou, mais recentemente na internet. Esquecem que o problema da motivação desses desvarios se encontra no somatório das negligências citadas.
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Para finalizar quero deixar um pensamento chinês:
“Se planejarmos para um ano, devemos plantar cereais; se planejarmos para uma década, devemos plantar árvores; mas, se planejarmos para toda a vida, devemos treinar e educar o homem”.
Kuan-Tzu

Belford roxo, 23 de setembro de 2011
José Floriano Oliveira

sábado, 10 de setembro de 2011

CORRUPTOS E CORRUPTORES


CORRUPTOS E CORRUPTORES

Abro o jornal O Globo desta quarta feira 24 de agosto de 2011, qüinquagésimo sétimo aniversário da morte de Getúlio Dornelles Vargas e ao chegar à página 7 me deparo com a coluna de Zuenir Ventura onde leio o título “Papo de Velho”. Ao ler reconheço que o diálogo é o mesmo daqueles que ouvimos pelas esquinas. O diálogo que aqui reproduzo se dá entre dois idosos a respeito do veto da presidente Dilma Rousseff ao aumento acima da inflação das aposentadorias e pensões dos que ganham mais que um salário mínimo: - “Você viu que a Dilma liberou as emendas parlamentares? - Não, quanto? - R$ 1 bilhão agora e ma R$ 5 bilhões até o fim do ano. - Pra isso, ela arranja dinheiro. - Claro. É para pacificar, quer dizer, pra comprar os parlamentares de sua base de apoio. Vamos acabar financiando corruptos. - como sempre. - Alguém alegou que os desvios de recursos dos ministérios dos Transportes, da Agricultura, do Turismo é que vão impedir o reajuste dos aposentados e pensionistas do INSS.- Quer dizer, os caras além de roubarem o dinheiro público também roubam indiretamente o nosso.- A Dilma vai ter o troco na hora da reeleição que evidentemente ela vai tentar.- Ela acha que faxina sozinha dá voto.
- "Ela não perde por esperar” . Escrever sobre as falcatruas que envolvem os políticos que se encontram à frente de organismos públicos se tornou fato corriqueiro. O difícil é entender PESOS E MEDIDAS diferenciadas, quando nossa LEI MAIOR é taxativa em determinar em seu artigo 5º que “somos todos iguais perante a Lei sem distinção de qualquer natureza”. O indivíduo que ROUBA o dinheiro público, o nosso dinheiro, enche os bolsos, proporciona o aumento considerável de seu PATRIMÔNIO, utiliza LARANJAS (a família ou amigos) e quando são descobertos (por denúncias da imprensa ou Ministério Público) às vezes são presos (por pouco tempo), retorna às suas práticas, mantém seu patrimônio e não devolve ao ERÁRIO o produto do roubo (os padrinhos políticos entram em cena protegendo os afilhados e, com frases de efeitos buscam descaracterizar afirmando que “tudo não passou de engano” e/ou seus padrinhos, aqueles mesmos que se encontram no CONGRESSO NACIONAL afirmam que irão tomar “as devidas providências” ou “Medidas Enérgicas” e o episódio não ficará punição (sem punição / impune). Ou, como no caso recente da Operação VOUCHER, ACUSA A Polícia Federal em levá-los ALGEMADOS E FOTOGRAFÁ-LOS SEM CAMISAS no momento da identificação.Ora, sem querer advogar aquele que pratica roubo,  (de celular, a bolsa da senhora, a carteira do homem etc.) que é levado no Camburão, (sem camisa, sem o cinto das calças) sob a justificativa de  "dificultar sua fuga". Na delegacia é fotografado tendo ao fundo o símbolo da corporação que efetuou a prisão. Assim chegamos à conclusão que o crime do “Colarinho Branco” é diferenciado. Bem, se é diferenciado o fato constitui discriminação e, discriminação é crime prescrito em lei. Consequentemente todos os envolvidos são criminosos: aquele que praticou o desfalque (roubo), aquele que foi beneficiado, aquele que acobertou (os padrinhos políticos). Todos são passíveis de punição. Não queremos e não devemos ressuscitar a LEI De TALIÃO, mas a sociedade está cansada e desiludida das políticas e dos políticos no Brasil (com pequenas ressalvas). As facilidades e negligências com a “Coisa Pública” devem ter um fim (como já escrevi artigo no blog FLORITURANO_FLORITUR postado em Agosto último. Nos anos 40 do século XX, foi desenvolvida uma política com o seguinte slogan: “Ou o Brasil acaba com a formiga, ou a formiga acaba com o Brasil”. Por ter dado certo, tomemos como exemplo e façamos com que o projeto que se encontra em discussão no Congresso Nacional da FICHA LIMPA seja votado e sancionado e, a prática, ENGAVETADO. O texto acima escrito em 16 de agosto de 2011, que trata da corrupção em seu início, já traduz meu entendimento sobre a gravidade do problema político que estamos vivendo. No entanto, fiz nova reflexão sobre os novos acontecimentos veiculados pela mídia, e mais em conversa com pessoas que também se encontram preocupadas, e, dentre elas, uma que verbalizou a seguinte frase como questionamento: “Será que a corrupção em nosso país tem jeito”? Voltei para casa pensando! É o problema de corrupção, improbidade, malversação, impunidade e outros, é histórico. Vejamos: Quando da invasão portuguesa nas terras de Pindorama em finais do século XV, a Europa vivia a época do Absolutismo com o pré-capitalismo se desenvolvendo. Suas necessidades eram cada vez maior daí as Grandes Navegações. Anos depois, em 1534, como forma de incentivar a colonização, foram criadas as Capitanias Hereditárias tendo por dois documentos: A Carta de Doação e o Foral. O primeiro se referia a distribuição de terras (que não lhe pertencia); o segundo estabelecia os direitos e deveres daqueles que recebiam a Grande Propriedade (estava confirmado o grande saque) outorgando direitos sobre a propriedade alheia.Como o Poder se encontrava descentralizado, foi criado um novo modelo de administração denominado de Governo Geral (centralização) estabelecendo, ainda, as Câmaras Municipais (onde delas só podiam fazer parte os Homens Bons = Puros, ou seja, os grandes proprietários que descendesse de judeus ou negros). Com o passar dos anos e a prosperidade do ciclo econômico açucareiro, os latifundiários cada vez mais poderosos desenvolveram o sistema Patriarcalista (onde o patriarca não só era “Dono do Engenho”, mas de tudo que se encontrasse em sua propriedade – a família, os “livres”, os escravos etc. – O filho primogênito era educado para substituí-lo, os outros, em regra geral, seguiriam a formação eclesiástica. Quanto às mulheres, estas eram educadas para serem donas de casa, ou seja, para o casamento). Tudo girava em torno do poder pessoal. No século XVIII as pressões das idéias iluministas, os absolutistas europeus entendem que é hora de “abertura”. É o liberalismo burguês que desponta ocupando espaços. O Poder Absolutista cede. Mas, nem tanto. Encontram uma “fórmula mágica” de não perder o Poder permitindo a presença dos “Déspotas Esclarecidos” (intelectuais que se encontravam a serviço dos reis absolutistas). No caso específico de Portugal, “O Marques de Pombal”. Para o que nos interessa, Pombal expulsou a Companhia de Jesus de Portugal e, lógico, do Brasil por ser colônia e estarem acumulando poderes. No caso é importante destacar que com a expulsão dos jesuítas do Brasil, foi eliminada a INSTRUÇÃO, não significando que o ensino dos jesuítas fosse “aquela maravilha”, e que, não havia uma democratização para a matrícula e presença do alunado, mas era o que havia (não esquecer que a Europa está vivendo o momento máximo do Iluminismo, o Liberalismo e a Revolução Industrial) No início do século XIX a Família Real portuguesa, escorraçada (Fugida) pelas tropas napoleônicas, “Baixam nos Trópicos” (Brasil) e em suas embarcações trazem consigo uma rainha louca e seu filho D. João como príncipe regente. Apesar das “forças liberais” assumirem o poder na Europa, o Brasil continuava como colônia. A precariedade da infra estrutura para o exercício do poder administrativo no Brasil, era zero. Necessário se fazia dotá-lo de condições administrativas para a governabilidade do reino português. Para tanto, foi criado uma série de benefícios, sem, no entanto significar que o príncipe regente, D. João, desejasse aproximar a colônia das modernidades européias. Suas principais criações foram: Imprensa Régia, fábrica de Pólvora, Academia Militar, Escola de Medicina, Biblioteca Real, Jardim Botânico, Teatro etc. Claro, como poderia deixar de ser assinou o Acordo de Abertura dos Portos As Nações Amigas. Após o “Grito do Ipiranga” em 1822, D. Pedro I à frente do Poder no Brasil Independente, não perdeu o sentido Absolutista, mantendo os representantes da “Assembléia Constituinte” presos onde se encontravam reunidos para a elaboração da “Constituição” até que fossem aceitas suas “IDÉIAS” (DOTAR O BRASIL DE UMA CONSTITUIÇÃO, MAS CONTANTO QUE O IMPERADOR CONTINUASSE COM O PODER ABSOLUTO). Assim é que a Constituição de 1824, primeira do Brasil, é constituída de quatro poderes, a saber: O PODER MODERADOR e os outros três, EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDIÁRIO. Em relação ao Poder Moderador SÓ O IMPERADOR PODERIA EXERCÊ-LO. A constituição de 1824 previa que em caso de impedimento do imperador, o Brasil seria governado por Regência Trina o que veia a acontecer em 1831 com a abdicação de D. Pedro I. Neste mesmo ano é editado um Ato Adicional que transforma a Regência Trina em Regência Una, e, neste mesmo Ato é criado a Guarda Nacional (só viria a cair com o advento da República). Como o Brasil, até então, não possuía um exército regular e se encontrava falido, foi concedido aos grandes proprietários (latifundiários) o poder de, em caso de necessidade, estes, com título de comandante, fornecer “Homens e Armas” para a defesa (daí a origem do CORONEL que chega até 1930). O visconde de Itaboraí, em 1868, teria dito que, no Brasil, o Parlamentarismo Brasileiro é às avessas e que, em virtude do Poder Moderador, “o Imperador reina, governa e administra”. Em relação ao Parlamentarismo ser às avessas, ele explicava: No “Parlamentarismo clássico” (Inglaterra), o povo, através do voto, o povo repetindo povo escolhia os parlamentares, e daí saía o Primeiro Ministro. No Brasil se dava justamente ao contrário: o Imperador, através do Poder Moderador, dissolvia o Parlamento, demitia o ministério e nomeava outro Primeiro Ministro, que convocava novas eleições para o Parlamento. Tanto é que a certo momento, foi criado o Gabinete da Conciliação (Parlamento), através do qual os dois partidos políticos (Conservadores e Progressistas), unidos formaram um mesmo governo (os dois partidos, unidos, representavam o governo – não havia oposição).A partir dos anos setenta do século XIX, uma série de fatos contribuiu para queda do “Segundo Império Brasileiro (O Positivismo, A Questão Militar, O Nascimento do Partido Republicano, A Questão Religiosa, A Questão Abolicionista) que enfraquecido pouco pode fazer pela sua manutenção do Império tendo seu fim com a tomada do Poder pelos militares e civis. Neste sentido disse Aristides “O povo assistiu a tudo aquilo bestializado, atônito, surpreso sem conhecer o que significava (Muitos acreditavam sinceramente tratar-se de uma parada = desfile). Instalada a República em 1889 e sancionada a nova Constituição em 1991, apesar das poucas mudanças (este continuou sem direto a voto) o controle do voto (era aberto) continuou em mãos das Oligarquias rurais (Coronéis) que com seus jagunços mantinham o domínio das vilas, cidades e províncias (era o “Voto de Cabresto”). O Voto de Cabresto, O Coronelismo, A Política do Café com Leite, A Política dos Governadores teve seu fim com a “Revolução de 1930” e a chegada de Getúlio Vargas ao Poder que se mantém no poder até 1945 e um retorno como presidente eleito (1951/1954) quando suicida-se. PERGUNTAS DE UM TRABALHADOR QUE LÊ
Bertold Brecht (1898-1956)
Quem construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros estão nomes de reis.
Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a Babilônia, várias vezes destruída,
Quem a reconstruiu tantas vezes?
Em que casas da Lima dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta?
A grande Roma esta cheia de arcos do triunfo.
Quem os ergueu?
Sobre quem triunfaram os Césares?
A decantada Bizâncio tinha somente palácios para os seus habitantes?
Mesmo na lendária Atlântida, os que se afogavam gritaram por seus escravos na noite em que o mar a tragou.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Sozinho?
César bateu os gauleses.
Não levava sequer um cozinheiro?
Filipe da Espanha chorou, quando sua Armada naufragou.
Ninguém mais chorou?
Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu alem dele?
Cada pagina uma vitória.
Quem cozinhava o banquete?
A cada dez anos um grande Homem.
Quem pagava a conta?
Tantas histórias.
Tantas questões. Assim sendo, chegamos à conclusão sem algum esforço que a corrupção, a impunidade, o patriarcalismo, o crime do colarinho branco, controle do voto, os currais eleitorais e tantos outros apelidos a aqueles que têm ou dominam o poder no Brasil já receberam e recebem não é novidade. Como se diz comumente, “troca-se as moscas, mas a carniça continua a mesma”. Ao atingirmos a maioridade política, entendo que após o “Golpe militar de 1964”, a sociedade brasileira passou a ter uma visão diferenciada do Poder. No jornal O Globo página sete de 2011 encontro a coluna do antropólogo Roberto DaMatta com o título de “Conflito de Interesses”, onde, no penúltimo parágrafo, assim se refere: “... Antigamente havia quem não pagasse imposto de renda no Brasil. Hoje todos pagamos impostos – muitos impostos. A teoria é puro bom-senso: paga mais quem ganha mais; e os impostos pagos são redistribuídos em bens e serviços que contemplam todo sistema engendrando interdependências. Antigamente prestávamos mais atenção à cobrança; hoje – eis a revolução – prestamos muito mais atenção à redistribuição! A partir da vivência com um mundo mais transparente, repleto de problemas e informatizado, ficou claro que o “Estado” – esse engenho que usa e recolhe os dinheiros de todos – não funciona pensando na coletividade que ele representa e deve servir, mas opera claramente em benefício de outra entidade que nós, no Brasil, chamamos de governo e que é, de fato, uma das encarnações mais negativas, senão a mais negativa do Estado entre nós”. “... Está passando o tempo no qual o governo podia ser ‘dono do Brasil’ e como tal gastar bastarda e irresponsavelmente o fruto do nosso trabalho, ignorando o país e pensando exclusivamente em seus comparsas. O limite da demagogia que inventou esse híbrido de eleição, populismo e coalizão semipatriarcal tem tudo a ver com a incoerência entre pessoas e papeis”. O presidente Luís Inácio “Lula” da Silva certo momento, na tentativa de defesa das falcatruas do presidente do Senado José Sarney, assim se referiu: “O presidente Sarney, homem público, pela sua biografia NÃO PODE SER TRATADO COMO UMA PESSOA COMUM”. Hoje, 25 de agosto, data em que lembramos os 50 anos da renúncia do presidente Jânio da Silva Quadros, lemos na coluna de Carlos Alberto Sardenberg, no jornal o Globo, que o Senador José Sarney foi flagrado em um helicóptero da PM do Maranhão – aparelho comprado para transporte de doentes e feridos -, e na companhia de um empreiteiro que tem negócios com o governo maranhense, fazendo um vôo de São Luís para sua ilha particular, em fim de semana, Sarney reagiu como o figurino da série: por ser chefe de poder tem direito “ à segurança e transporte de representação em todo o território nacional” (grifo nosso), em qualquer circunstância, mesmo a lazer. Não tem nada de mais. Considerando que Sarney representa um poder federal e que o helicóptero é estadual e não destinado “a transporte de representação”, ou seja, não é para dar carona a autoridades, não haveria aí algo errado ou ao menos estranho? A sociedade brasileira já está acreditando na existência de Ali Babá, visto que um grupo de políticos o está revivendo após encontrarem a caverna cheia de tesouro e lembrar-se de sua senha (Abra Cadabra). Ao penetrarem na caverna se depararam com toda aquela riqueza, lançaram mão, esquecendo-se que pertencia a Nação brasileira se encontrando sob a guarda do Estado. Na contra mão ou na tentativa de que o Estado foi criado para preservar os direitos do cidadão, e, de posse desse poder, distribuir a riqueza democraticamente com seus condônimos. Alguns componentes do Senado, incomodados com o saque desbravado e cônscio de seus deveres e do voto recebido nas urnas (observando o artigo 52, I, combinado com o artigo 102, incisos e alíneas da Constituição Federal), recriaram politicamente “Mosqueteiros” – não mais do rei, Estado, em número de nove), apoiando a presidente (chefe de Estado e de Governo), para que seja possível oferecer à nação “FAXINA ÉTICA” que tanto almejamos. É isso que a nação espera. É assim que o cidadão comum (a sociedade organizada e não organizada) entende que a presidente, Dilma Rousseff deva agir. O Brasil, não é mais (econômico e politicamente) pelo meio rural como até a metade do século passado (não mais tem medo que a SAÚVA – formiga cortadeira – acabe com a lavoura. O Brasil de hoje domina a alta tecnologia, mais 70% de sua população se encontra no meio urbano onde fixaram domicílio, deixamos de ser exportador tão somente de produtos primários, exportamos técnicos, temos empresas multinacionais, estamos entre as dez maiores economias do mundo e projeção internacional, e ainda queremos fazer parte do grupo SELETO da ONU. Como será possível com políticos desse quilate? Se com técnica insipiente acabamos com a SAÚVA, podemos, hoje, eliminar com o vespeiro que infesta e tenta se apoderar dos PODERES da NAÇÃO, DAS UNIDADES FEDERATIVA E MUNICIPAL. Senhora presidente, o cidadão não deseja fazer CORO com a imprensa, mas é através dela, que toma ciência das práticas abusivas dos políticos mau caráter. No entanto, devemos considerar as frases citadas a seguir: “Se Dilma der continuidade à FAXINA ÉTICA (grifo nosso), fica isolada pelos políticos, inclusive o PT. Se não fizer, a sociedade a isola”. Ou, “No futuro quem mandará a FAXINA OU A FAXINEIRA”. Senhora presidente, o Brasil é muito maior que a CHOLDRA que abraçou a política partidária como PROMOÇÃO PESSOAL. Os políticos representam o (Senado as Unidades Federativas e Câmara dos deputados os anseios do POVO). Desconheço em qual instrumento oficial esteja grafado o direito desses políticos se APROPRIAREM dos bens do POVO. Esperamos que a FAXINA ÉTICA não seja “fogo de palha”. Entendo, também, que em nome da governabilidade, não deva, a Senhora Presidente, ser inconseqüente para fazer uma reforma ministerial radical após sete meses de gestão. Contudo, entendo que, com o apoio do grupo de políticos nacionalistas e sua sensibilidade de mulher/política que se encontra à frente do PODER MAIOR  do Estado Brasileiro, mostre a aqueles que forma o PS (Partidos dos Saqueadores) que a senhora se encontra presidente por recebido o mandato das MÃOS DO POVO.O Brasil não suporta mais ver e ouvir (através dos meios de comunicação CORRUPTOS E CORRUPTORES serem denunciados, serem processados, julgados pela justiça (condenados somente dois desde o MENSALÃO) e posteriormente, se manterem na política partidária, e, com a devida VENIA, ocuparem postos do “PRIMEIRO ESCALÃO DE GOVERNO”.É NO MÍNIMO DESANIMADOR. O Globo, sexta-feira,26 de agosto de 2011 Veja Senhora Presidente, esse grupo pertence ao mesmo Partido Político com uma bancada de 41 deputados. No entanto, o denunciador, ou, aquele que ameaçou, continua sentado na cadeira de ministro. Além desses, outros (de partidos que compõem a base), continuam a exercer seus como se nada fosse afetá-los. Alguns já foram defenestrados, outros componentes da base continuam fazendo pressão contra seus projetos. ESTÁ CERTO ISSO?

Belford Roxo, 25 de agosto (57 anos do suicídio de Getúlio e “mais” de 50 da renúncia de Jânio Quadros)       
Belford Roxo, 26 de agosto de 2011
José Floriano Oliveira

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O GRITO DO IPIRANGA NO PLANALTO CENTRAL

DO GRITO DO IPIRANGA NO PLANALTO CENTRAL
ou
(A VOLTA DOS CARAS PINTADAS)


Se o Grito do Ipiranga nos deu a independência política no início do século XIX, outros gritos já ecoaram no planalto goiano e do Planalto Central (“Diretas Já”, “Fora Collor” etc) ganhando as ruas e atingindo seus objetivos. Em todos eles vimos o povo, com suas “caras pintadas” atender ao chamado por entender que, juntos, modifica o processo de transformação das estruturas.
Quando a sociedade se organiza o Estado, transfere a ele o poder de administrar os bens da nação. Logo quando os administradores, eleitos por esta mesma pratica deslavo, só cabe à sociedade se reunir e exigir a reparação com a saída dos malfeitores, visto que “a sociedade civil se encontra entre o Estado e o cidadão” (Antônio Gramsci). Assim sendo, torna-se simples o entendimento de que a “sociedade civil” é a grande responsável, ou seja, a força imperativa de governo do Estado.
Já escrevi como também a mídia (falada, escrita e televisada), que um grupo de congressistas tendo à frente cristovam Buarque, Pedro Simon e outros, criaram a “Frente de Combate à Corrupção” chamava a atenção para os desmandos, a vergonha de políticos que, assumindo o mandato de deputado ou senador.
Esquece da representação a eles delegada (do povo ou estado) para defender interesses individuais.
Esquece ou confia que suas práticas nefastas será julgada nas eleições seguintes, e se isso não acontecer, o judiciário (apesar do aparente descompromisso) julgá-lo impedido.
Esquece que a “Ficha Limpa” entrará em vigor nas próximas eleições.
Esquece (espero) que o episódio da absolvição da deputada Jaqueline Roriz tenha sido a última pizza assada neste forno chamado “Congresso”.
Os meios de comunicação avançaram. Os tambores primitivos que serviam de comunicação estão superados. Os sinos das igrejas que comunicavam nascimento, morte, casamento, catástrofes estão mudos. Hoje falamos em Internet, em “redes sociais”. A União Soviética deixou de existir devido não se poder desvincular o telefone do fax.
As entidades como a Associação brasileira de Imprensa (ABI), Confederação nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Conselho Nacional das Igrejas cristãs (CONIC), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Centrais Sindicais, as ONGs – Transparência Brasil, Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral) e outras instituições já foram comunicadas para respaldar o movimento de FAXINA ÉTICA.
Não creio que a presidente Dilma Rousseff tenha recuado do projeto (o mais importante de seu mandato) para a um grupo de parlamentares.
Presidente Dilma Rousseff: “O tombo que o Presidente Collor levou foi por não ouvir o clamor do povo”. Lembre-se da máxima de Ulisses Guimarães: “Se o cavalo passar encilhado à sua porta e não montar, dificilmente haverá nova oportunidade”.
Se no passado recente a sociedade foi às ruas pressionando o afastamento presidentes e regime político, hoje ela está ao seu lado.
Lembre-se que o LEGISLATIVO tem como função constitucional, legislar e fiscalizar o executivo. O mal é que ele legisla em causa própria. O executivo tem a função de sancionar, promulgar e exonerar, vetar e fazer publicar as Leis.

DECIDA!

Esses são alguns daqueles que nas palavras de Chico Alencar "acobertam a corrupção" ou Miro teixeira se dirigindo ao presidente da Câmara, Marco Maia: "Perdoem-me! É impossível que tudo esteja acontecendo e vocês queiram manter aqui um clima de normalidade".
Senhora Presidente, oficialize seu empenho de liderança, assuma o cognome de FAXINEIRA e não permita que o BRASIL SE TORNE O PAÍS DA IMPUNIDADE.

Amanhã ou depois

Gonzaguinha

Meu irmão amanhã ou depois

A gente retorna ao velho lugar

Se abraça e fala da vida que foi por aí

E conta os amigos nas pontas dos dedos

Pra ver quantos vivem e quem já morreu

 Achados E Perdidos

Quem me dirá onde está
Aquele moço fulano de tal
(Filho, marido, irmão, namorado que não voltou mais)
Insiste os anúncios nas folhas
Dos nossos jornais
Achados perdidos, morridos
Saudades demais
'


Mas eu pergunto e a reposta
É que ninguém sabe
Ninguém nunca viu
Só sei que não sei
Quão sumido ele foi
Só sei é que ele sumiu





E quem souber algo
Acerca do seu paradeiro
Beco das liberdades
Estreita e esquecida
Uma pequena marginal
Dessa imensa Avenida Brasil














Belford Roxo, 09 de setembro de 2011
                                                             José Floriano Oliveira

sábado, 3 de setembro de 2011

ADOLESCÊNCIA POLÍOTICA

ADOLESCÊNCIA POLÍTICA




PRESID. JK - 1956/1961

No governo do Sr. Juscelino Kubitschek de Oliveira (1956/1960) me encontrava em plena adolescência curtindo o meu primeiro emprego. Vivia o Brasil em grande euforia devido o “Plano de Metas” que prometia um “boom” de desenvolvimento de 50 anos em 5 segundo sua plataforma de campanha que utilizava a mão aberta e espalmada como slogan. Seu Plano de Metas tinha como “carro chefe”: Energia, Transporte, Indústria de Base, Alimentação e Educação. Assumido o governo, era necessário o encontrar um elemento que congregasse todos os itens propostos. Assim sendo, lembrar sua equipe de um antigo projeto do alvorecer da República, ou seja, transferir para o interior a capital do Brasil e, como local, o mais adequado seria o Planalto Goiano (por existir grande concentração energética), ao mesmo tempo em que a construção da “Nova Cap” não só levaria o desenvolvimento para o interior, como também se utilizaria da massa de trabalhadores sem qualificação e desempregada. Outro aspecto que foi colocado em execução seria atrair o capital estrangeiro. Isso foi feito, facilitando a entrada das multinacionais das indústrias automobilística e naval associada à nacional, como pressuposto de capitalização prioritária para as necessidades do Brasil.
O desenvolvimento foi imenso. Se de um lado caía a taxa de desemprego, por outro, aumentava as taxas de inflação e, ainda por outro lado, caía o poder aquisitivo da população uma vez que os sindicatos, mesmo fazendo os movimentos grevistas, fechavam os acordos coletivos diretamente com o empresário, uma vez que, estes mesmos sindicatos eram controlados pelo Ministério do Trabalho e pelo PC (Partido Comunista), obviamente, os salários eram cada vez mais achatados.
Outro ponto que merece destaque é o movimento populacional que fugia do meio rural em virtude da seca no nordeste indo em direção às grandes cidades ocasionando grande inchaço, só comparado aos problemas causados e motivados pela precária infraestrutura. O lado positivo verifica-se na população urbana das grandes cidades que, aos pouco, vai se politizando e, ao final do governo, ser criado o Movimento de Renovação Sindical (MRS).

PRESID. JÂNIO QUADROS - 1961/1961 (RENUNCIOU)

É nesse contexto que ganhando novos conhecimentos, organizando o pensamento, me profissionalizando chego à conclusão que o espaço em que vivia (Sergipe) se tornara pequeno não mais oferecendo oportunidades. Como o setor profissional estava carente, só me restava um caminho: seguir aqueles que, antes de mim, encontraram um porto seguro no Sudeste. Rio de Janeiro ou São Paulo. No caso foi à cidade do Rio de Janeiro que me adotou (1961), fixei residência, constitui família e não me permiti que as oportunidades oferecidas passassem, sem ter, pelo menos, experimentado.
A minha chegada ao Rio de Janeiro, coincidiu com a campanha do Sr. Jânio da Silva Quadros a presidência da república. O que mais se ouvia nas emissoras de rádio além das músicas de Marlene, Emilinha Borba, Nelson Gonçalves, Caubi Peixoto e outros, era as da campanha do futuro presidente: “Varre, varre vassourinha”.
Por ter chegado no mês de setembro, e, tradicionalmente as eleições serem a 3 de outubro, inaugurei o “Título de Eleitor” votando no candidato que prometia “Varrer a sujeira (corrupção) do Brasil deixada pelo seu antecessor o Sr. Juscelino Kubitschek de Oliveira. Hoje, à distância dos anos, me pergunto se ao votar escolhi a vassoura ou o “esquizofrênico” do professor Jânio Quadros.
No entanto, logo depois de ter recebido a “Faixa Presidencial”, o Sr. Jânio Quadros respaldado pela significativa votação recebida (a maior até então), criou um novo método de governança (destribuía “bilhetinhos”, ou seja, ordens, para os seus auxiliares), proibiu que as mulheres usassem maiô nas praias, proibiu as brigas de galo etc.), e com seu discurso pausado, escolhendo as palavras, inflamava aqueles que o escutava. Durante os “sete meses” de seu governo, varreu a sujeira para baixo do tapete, e, por esquecimento, ao completar o sétimo mês, estando o tapete volumoso, tropeçou e caiu deixando mais um bilhete explicando que “Forças tenebrosas levaram-no a renunciar”.
O professor/presidente aquele do “Fi-lo porque Qui-lo” deixava a sujeira, o entulho político, criando a maior crise político/institucional conhecida no Brasil (25 DE AGOSTO DE 1961).

PRESID. JOÃO GOULART - 1961/1964 (DEPOSTO)

Bem, os próximos vinte e cinco anos de crise, podemos acrescentar mais seis anos, foi de total insegurança para o País, a Nação e o Sistema político. Vejamos: Toda linha sucessória (Presidente, Presidente da Câmara de Deputados, Presidente do Senado) sentou à “Cadeira do Presidente”; o Brasil deixou de ser Presidencialista e adotou o Parlamentarismo para logo depois retornar ao Presidencialismo e, por último, o Golpe Militar. Veja mais detalhes no BLOG FLORITURANO_FLORITUR.

PRESID. CASTELO BRANCO - 1964/1967
(PRIMEIRO DOS MILITARES)

PRESID. COSTA E SILVA - 1967/1969
(DEPOSTO PELOS COMPANHEIROS
MILITARES)

LIRA TAVARES, MÁRCIO MELO E RADEMAKER - 1969
(FORMARAM A JUNTA MILITAR)
PRESID. MÉDICI - 1969/74
(O MAIS REPRESSOU)


PRESID GAISEL - 1974/79
(INICIOU A ABERTURA)





PRESID. FIGUEIREDO - 1979/85
(PROMOVEU A ABERTURA
SOB PRESSÃO DA SOCIEDADE)
A partir da segunda metade dos anos setenta do século XX, a sociedade brasileira não mais suportando os “ATOS INSTITUCIONAIS” dos governos militares, pressionam os “MISSIONÁRIOS MILITARES”, até que ao final desta mesma década, tenha início a “ABERTURA POLÍTICA” e seu final em 1985 com a eleição do mineiro Tancredo Neves, que eleito não toma posse por falecimento.
PRESID. TANCREDO - 1985/90
(FALECEU ANTES DA POSSE)

PRESID. SARNEY - 1985/90 (CONCLUIU O MANDATO
DE TANCREDO)

Substituiu-o seu vice Presidente o Sr. José Sarney (o dono do Cabresto no Maranhão) até o final do mandato, deixando de presente uma inflação gigantesca. (a década de oitenta ficou conhecida como a “Década Perdida”).

PRESID. COLLOR -1990/94
(O CAÇADOR DE MARAJÁS -
 FOI DEPOSTO - 1992)

Findo o governo Sarney (podemos considerar como de transição), surge uma nova figura política com o slogan emblemático “CAÇADOR DE MARAJÁS”, ou seja, mais um que se propõe em “ACABAR” com a CORRUPÇÃO. Este foi além dos sete meses acabando caçado por CORRUPÇÃO.

PRESID. ITAMAR - 1992/94 (COCLUIU
O MANDATO DE COLLOR DE MELLO)

PRESID. FHC - 1994/2001 (CRIOU O
PLANO REAL E O NEOLIBERALISMO)

PRESID. LULA - 2002/2010 (GOVERNO
POPULAR -  ESTABILIZOU A MOEDA
E VIVEU A UM PERIODO DE
CORUUPÇÃO - O MENSALÃO)

Vindo do mundo sindical, e, após três tentativas, é eleito e empossado o pernambucano, metalúrgico, Luís Inácio “Lula” da Silva que é reeleito para um novo mandato (criado ao final dos anos oitenta o PT – Partido dos Trabalhadores – sendo Lula um dos seus signatários) quando o Brasil conhece os maiores descalabros em termos de corrupção (é só lembrar o MENSALÃO) mesmo assim deixa o governo com um dos maiores índices de aprovação (mais de 70%) além de fazer sua sucessora.


PRESID. DILMA 2011/2014 (SE ENCONTRA EM INÍCIO DE
GOVERNO COM O TEMA "COMBATE À MISÉRIA)

No dia aprazado, desengaveto o ”Título de Eleitor” (apesar de já caído na compulsória e não ser mais obrigado a votar) e vou às urnas votar na candidata a presidência (não por ser do PT, mas pelo desejo de eleger a primeira mulher Presidente do Brasil, e, por outro lado, entender que a mulher sendo mais sensível as causas humanitárias, faria uma gestão voltada para as minorias (espero como tem prometido que elimine com a miséria).
Sete meses se passam após a posse (será que sete meses é cabalístico?) e como todo brasileiro torcendo para que termine o mandato positivamente. No entanto, a imprensa forma uma cruzada de denúncias e acusação sobre aqueles que compõem o primeiro escalão (mais de duas dezenas tiveram que deixar o Poder por exoneração ou por “livre Pressão”.
Por iniciativa da imprensa ou por iniciativa de seus “marqueteiros” o certo é que já lhe deram a alcunha de “FAXINEIRA” o que oficialmente a Presidente não tenha assumido. Dessa forma as pressões que partem dos Partidos Políticos que formam sua Bancada de apoio a levaram a recuar com a declaração de que a “Faxina que deve ser feita é contra a MISÉRIA”.
QUE ASS8M SEJA, AMÉM




ULISSES GUIMARÃES - O HOMEM
DAS DIRETAS

JORNALISTA - FOI GOVERNADOR
DA GUANABARA - APOIOU A DITADURA)

GOVERNADOR DO RIO GRANDE DO SUL E DO
RIO DE JANEIRO - COMBATEU A DITADURA