DO GRITO DO IPIRANGA NO PLANALTO CENTRAL
ou
(A VOLTA DOS CARAS PINTADAS)
Se o Grito do Ipiranga nos deu a independência política no início do século XIX, outros gritos já ecoaram no planalto goiano e do Planalto Central (“Diretas Já”, “Fora Collor” etc) ganhando as ruas e atingindo seus objetivos. Em todos eles vimos o povo, com suas “caras pintadas” atender ao chamado por entender que, juntos, modifica o processo de transformação das estruturas.
Quando a sociedade se organiza o Estado, transfere a ele o poder de administrar os bens da nação. Logo quando os administradores, eleitos por esta mesma pratica deslavo, só cabe à sociedade se reunir e exigir a reparação com a saída dos malfeitores, visto que “a sociedade civil se encontra entre o Estado e o cidadão” (Antônio Gramsci). Assim sendo, torna-se simples o entendimento de que a “sociedade civil” é a grande responsável, ou seja, a força imperativa de governo do Estado.
Já escrevi como também a mídia (falada, escrita e televisada), que um grupo de congressistas tendo à frente cristovam Buarque, Pedro Simon e outros, criaram a “Frente de Combate à Corrupção” chamava a atenção para os desmandos, a vergonha de políticos que, assumindo o mandato de deputado ou senador.
Esquece da representação a eles delegada (do povo ou estado) para defender interesses individuais.
Esquece ou confia que suas práticas nefastas será julgada nas eleições seguintes, e se isso não acontecer, o judiciário (apesar do aparente descompromisso) julgá-lo impedido.
Esquece que a “Ficha Limpa” entrará em vigor nas próximas eleições.
Esquece (espero) que o episódio da absolvição da deputada Jaqueline Roriz tenha sido a última pizza assada neste forno chamado “Congresso”.
Os meios de comunicação avançaram. Os tambores primitivos que serviam de comunicação estão superados. Os sinos das igrejas que comunicavam nascimento, morte, casamento, catástrofes estão mudos. Hoje falamos em Internet, em “redes sociais”. A União Soviética deixou de existir devido não se poder desvincular o telefone do fax.
As entidades como a Associação brasileira de Imprensa (ABI), Confederação nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Conselho Nacional das Igrejas cristãs (CONIC), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Centrais Sindicais, as ONGs – Transparência Brasil, Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral) e outras instituições já foram comunicadas para respaldar o movimento de FAXINA ÉTICA.
Não creio que a presidente Dilma Rousseff tenha recuado do projeto (o mais importante de seu mandato) para a um grupo de parlamentares.
Presidente Dilma Rousseff: “O tombo que o Presidente Collor levou foi por não ouvir o clamor do povo”. Lembre-se da máxima de Ulisses Guimarães: “Se o cavalo passar encilhado à sua porta e não montar, dificilmente haverá nova oportunidade”.
Se no passado recente a sociedade foi às ruas pressionando o afastamento presidentes e regime político, hoje ela está ao seu lado.
Lembre-se que o LEGISLATIVO tem como função constitucional, legislar e fiscalizar o executivo. O mal é que ele legisla em causa própria. O executivo tem a função de sancionar, promulgar e exonerar, vetar e fazer publicar as Leis.
DECIDA!
Mas eu pergunto e a reposta
É que ninguém sabe
Ninguém nunca viu
Só sei que não sei
Quão sumido ele foi
Só sei é que ele sumiu
Esses são alguns daqueles que nas palavras de Chico Alencar "acobertam a corrupção" ou Miro teixeira se dirigindo ao presidente da Câmara, Marco Maia: "Perdoem-me! É impossível que tudo esteja acontecendo e vocês queiram manter aqui um clima de normalidade".
Senhora Presidente, oficialize seu empenho de liderança, assuma o cognome de FAXINEIRA e não permita que o BRASIL SE TORNE O PAÍS DA IMPUNIDADE.
Amanhã ou depois
Gonzaguinha
Meu irmão amanhã ou depois
A gente retorna ao velho lugar
Se abraça e fala da vida que foi por aí
E conta os amigos nas pontas dos dedos
Pra ver quantos vivem e quem já morreu
Achados E Perdidos
Quem me dirá onde está
Aquele moço fulano de tal
(Filho, marido, irmão, namorado que não voltou mais)
Insiste os anúncios nas folhas
Dos nossos jornais
Achados perdidos, morridos
Saudades demais
Aquele moço fulano de tal
(Filho, marido, irmão, namorado que não voltou mais)
Insiste os anúncios nas folhas
Dos nossos jornais
Achados perdidos, morridos
Saudades demais
'
É que ninguém sabe
Ninguém nunca viu
Só sei que não sei
Quão sumido ele foi
Só sei é que ele sumiu
E quem souber algo
Acerca do seu paradeiro
Beco das liberdades
Estreita e esquecida
Uma pequena marginal
Dessa imensa Avenida Brasil
Acerca do seu paradeiro
Beco das liberdades
Estreita e esquecida
Uma pequena marginal
Dessa imensa Avenida Brasil
Belford Roxo, 09 de setembro de 2011
José Floriano Oliveira
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