sábado, 3 de setembro de 2011

ADOLESCÊNCIA POLÍOTICA

ADOLESCÊNCIA POLÍTICA




PRESID. JK - 1956/1961

No governo do Sr. Juscelino Kubitschek de Oliveira (1956/1960) me encontrava em plena adolescência curtindo o meu primeiro emprego. Vivia o Brasil em grande euforia devido o “Plano de Metas” que prometia um “boom” de desenvolvimento de 50 anos em 5 segundo sua plataforma de campanha que utilizava a mão aberta e espalmada como slogan. Seu Plano de Metas tinha como “carro chefe”: Energia, Transporte, Indústria de Base, Alimentação e Educação. Assumido o governo, era necessário o encontrar um elemento que congregasse todos os itens propostos. Assim sendo, lembrar sua equipe de um antigo projeto do alvorecer da República, ou seja, transferir para o interior a capital do Brasil e, como local, o mais adequado seria o Planalto Goiano (por existir grande concentração energética), ao mesmo tempo em que a construção da “Nova Cap” não só levaria o desenvolvimento para o interior, como também se utilizaria da massa de trabalhadores sem qualificação e desempregada. Outro aspecto que foi colocado em execução seria atrair o capital estrangeiro. Isso foi feito, facilitando a entrada das multinacionais das indústrias automobilística e naval associada à nacional, como pressuposto de capitalização prioritária para as necessidades do Brasil.
O desenvolvimento foi imenso. Se de um lado caía a taxa de desemprego, por outro, aumentava as taxas de inflação e, ainda por outro lado, caía o poder aquisitivo da população uma vez que os sindicatos, mesmo fazendo os movimentos grevistas, fechavam os acordos coletivos diretamente com o empresário, uma vez que, estes mesmos sindicatos eram controlados pelo Ministério do Trabalho e pelo PC (Partido Comunista), obviamente, os salários eram cada vez mais achatados.
Outro ponto que merece destaque é o movimento populacional que fugia do meio rural em virtude da seca no nordeste indo em direção às grandes cidades ocasionando grande inchaço, só comparado aos problemas causados e motivados pela precária infraestrutura. O lado positivo verifica-se na população urbana das grandes cidades que, aos pouco, vai se politizando e, ao final do governo, ser criado o Movimento de Renovação Sindical (MRS).

PRESID. JÂNIO QUADROS - 1961/1961 (RENUNCIOU)

É nesse contexto que ganhando novos conhecimentos, organizando o pensamento, me profissionalizando chego à conclusão que o espaço em que vivia (Sergipe) se tornara pequeno não mais oferecendo oportunidades. Como o setor profissional estava carente, só me restava um caminho: seguir aqueles que, antes de mim, encontraram um porto seguro no Sudeste. Rio de Janeiro ou São Paulo. No caso foi à cidade do Rio de Janeiro que me adotou (1961), fixei residência, constitui família e não me permiti que as oportunidades oferecidas passassem, sem ter, pelo menos, experimentado.
A minha chegada ao Rio de Janeiro, coincidiu com a campanha do Sr. Jânio da Silva Quadros a presidência da república. O que mais se ouvia nas emissoras de rádio além das músicas de Marlene, Emilinha Borba, Nelson Gonçalves, Caubi Peixoto e outros, era as da campanha do futuro presidente: “Varre, varre vassourinha”.
Por ter chegado no mês de setembro, e, tradicionalmente as eleições serem a 3 de outubro, inaugurei o “Título de Eleitor” votando no candidato que prometia “Varrer a sujeira (corrupção) do Brasil deixada pelo seu antecessor o Sr. Juscelino Kubitschek de Oliveira. Hoje, à distância dos anos, me pergunto se ao votar escolhi a vassoura ou o “esquizofrênico” do professor Jânio Quadros.
No entanto, logo depois de ter recebido a “Faixa Presidencial”, o Sr. Jânio Quadros respaldado pela significativa votação recebida (a maior até então), criou um novo método de governança (destribuía “bilhetinhos”, ou seja, ordens, para os seus auxiliares), proibiu que as mulheres usassem maiô nas praias, proibiu as brigas de galo etc.), e com seu discurso pausado, escolhendo as palavras, inflamava aqueles que o escutava. Durante os “sete meses” de seu governo, varreu a sujeira para baixo do tapete, e, por esquecimento, ao completar o sétimo mês, estando o tapete volumoso, tropeçou e caiu deixando mais um bilhete explicando que “Forças tenebrosas levaram-no a renunciar”.
O professor/presidente aquele do “Fi-lo porque Qui-lo” deixava a sujeira, o entulho político, criando a maior crise político/institucional conhecida no Brasil (25 DE AGOSTO DE 1961).

PRESID. JOÃO GOULART - 1961/1964 (DEPOSTO)

Bem, os próximos vinte e cinco anos de crise, podemos acrescentar mais seis anos, foi de total insegurança para o País, a Nação e o Sistema político. Vejamos: Toda linha sucessória (Presidente, Presidente da Câmara de Deputados, Presidente do Senado) sentou à “Cadeira do Presidente”; o Brasil deixou de ser Presidencialista e adotou o Parlamentarismo para logo depois retornar ao Presidencialismo e, por último, o Golpe Militar. Veja mais detalhes no BLOG FLORITURANO_FLORITUR.

PRESID. CASTELO BRANCO - 1964/1967
(PRIMEIRO DOS MILITARES)

PRESID. COSTA E SILVA - 1967/1969
(DEPOSTO PELOS COMPANHEIROS
MILITARES)

LIRA TAVARES, MÁRCIO MELO E RADEMAKER - 1969
(FORMARAM A JUNTA MILITAR)
PRESID. MÉDICI - 1969/74
(O MAIS REPRESSOU)


PRESID GAISEL - 1974/79
(INICIOU A ABERTURA)





PRESID. FIGUEIREDO - 1979/85
(PROMOVEU A ABERTURA
SOB PRESSÃO DA SOCIEDADE)
A partir da segunda metade dos anos setenta do século XX, a sociedade brasileira não mais suportando os “ATOS INSTITUCIONAIS” dos governos militares, pressionam os “MISSIONÁRIOS MILITARES”, até que ao final desta mesma década, tenha início a “ABERTURA POLÍTICA” e seu final em 1985 com a eleição do mineiro Tancredo Neves, que eleito não toma posse por falecimento.
PRESID. TANCREDO - 1985/90
(FALECEU ANTES DA POSSE)

PRESID. SARNEY - 1985/90 (CONCLUIU O MANDATO
DE TANCREDO)

Substituiu-o seu vice Presidente o Sr. José Sarney (o dono do Cabresto no Maranhão) até o final do mandato, deixando de presente uma inflação gigantesca. (a década de oitenta ficou conhecida como a “Década Perdida”).

PRESID. COLLOR -1990/94
(O CAÇADOR DE MARAJÁS -
 FOI DEPOSTO - 1992)

Findo o governo Sarney (podemos considerar como de transição), surge uma nova figura política com o slogan emblemático “CAÇADOR DE MARAJÁS”, ou seja, mais um que se propõe em “ACABAR” com a CORRUPÇÃO. Este foi além dos sete meses acabando caçado por CORRUPÇÃO.

PRESID. ITAMAR - 1992/94 (COCLUIU
O MANDATO DE COLLOR DE MELLO)

PRESID. FHC - 1994/2001 (CRIOU O
PLANO REAL E O NEOLIBERALISMO)

PRESID. LULA - 2002/2010 (GOVERNO
POPULAR -  ESTABILIZOU A MOEDA
E VIVEU A UM PERIODO DE
CORUUPÇÃO - O MENSALÃO)

Vindo do mundo sindical, e, após três tentativas, é eleito e empossado o pernambucano, metalúrgico, Luís Inácio “Lula” da Silva que é reeleito para um novo mandato (criado ao final dos anos oitenta o PT – Partido dos Trabalhadores – sendo Lula um dos seus signatários) quando o Brasil conhece os maiores descalabros em termos de corrupção (é só lembrar o MENSALÃO) mesmo assim deixa o governo com um dos maiores índices de aprovação (mais de 70%) além de fazer sua sucessora.


PRESID. DILMA 2011/2014 (SE ENCONTRA EM INÍCIO DE
GOVERNO COM O TEMA "COMBATE À MISÉRIA)

No dia aprazado, desengaveto o ”Título de Eleitor” (apesar de já caído na compulsória e não ser mais obrigado a votar) e vou às urnas votar na candidata a presidência (não por ser do PT, mas pelo desejo de eleger a primeira mulher Presidente do Brasil, e, por outro lado, entender que a mulher sendo mais sensível as causas humanitárias, faria uma gestão voltada para as minorias (espero como tem prometido que elimine com a miséria).
Sete meses se passam após a posse (será que sete meses é cabalístico?) e como todo brasileiro torcendo para que termine o mandato positivamente. No entanto, a imprensa forma uma cruzada de denúncias e acusação sobre aqueles que compõem o primeiro escalão (mais de duas dezenas tiveram que deixar o Poder por exoneração ou por “livre Pressão”.
Por iniciativa da imprensa ou por iniciativa de seus “marqueteiros” o certo é que já lhe deram a alcunha de “FAXINEIRA” o que oficialmente a Presidente não tenha assumido. Dessa forma as pressões que partem dos Partidos Políticos que formam sua Bancada de apoio a levaram a recuar com a declaração de que a “Faxina que deve ser feita é contra a MISÉRIA”.
QUE ASS8M SEJA, AMÉM




ULISSES GUIMARÃES - O HOMEM
DAS DIRETAS

JORNALISTA - FOI GOVERNADOR
DA GUANABARA - APOIOU A DITADURA)

GOVERNADOR DO RIO GRANDE DO SUL E DO
RIO DE JANEIRO - COMBATEU A DITADURA


Um comentário:

  1. "A capital do Brasil deveria se instalar na região central do país". Estava na Constituição de 1891, mas a grande sacada de JK foi mandar o Projeto de Anistia junto com o da construção da nova capital para aprovação. Creio que a intenção dele ia além do Desenvolvimentismo viu...abafaria um pouco o clamor popular do RJ. JK foi mesmo um pé quente da política, sentiu a pujança brasileira e de presente no colo a Copa de 1958. Vendeu seu peixe em todas as festas que se faziam no RJ foi o anfitrião contumaz. Se analisarmos a classe social de cada político da época teríamos GV pertencente a oligarquia gaúcha, JK filho de pobres, órfão desde bebê, fez medicina de quartel e pertencia a classe média baixa. Já JQ matogrossense, filho de família inexpressiva e pai que foi fuzilado após tentar resgatar dois filhos frutos de um envolvimento amoroso proibido. Figura contraditória, moralista num país atrasado como o nosso,institui o concurso público na cidade mais conservadora do país (São Paulo)onde alavancou sua imagem de populista. Ganhando com uma retórica emblemática e rebuscada, literalmente no gogó, as eleições à Presidência com folga de 1 milhão e meio de votos a mais que JK! A tentativa de golpe de Jânio foi mais um ato de liderança que não soube lidar com a Oposição tendo como pano de fundo a economia.Só não imaginou que não contaria com o clamor do povo que ele tanto confiava...e acabou sendo substituído pelo seu vice, João Goulart.Todos os político e todos os regimes estão cercados de meandros para autopromoção e corrupção. Dizer que nunca se viu tanta corrupção quanto na gestão petista é ingênuo Floriano, posto que cada um, de forma peculiar , deixou “sua marca”, a diferença é que a Oposição do governo petista desta vez era a Direita, logo, muito mais acessível e apadrinhada pela mídia, os escândalos ganharam mais espaço e visibilidade, ademais, o know how da corrupção era dos partidos de Direita, logo, o PT engatinhava na arte de corromper..Em meio a diversidade de caráter que vemos desde o Brasil República até os dias atuais só renovo minha expectativa e voto de que Dilma consiga Governar. A faxina é necessária, mas terminada a lua-de-mel sabemos que os desafios começam agora. A pergunta oportunista é: E se a sede do Brasil permanecesse no Rio de Janeiro, será que as forças de coerção social intimidariam um pouco mais os nossos políticos?E a segunda pergunta: Será que, se nosso regime fosse Parlamentarista isso aqui ainda existiria ou o Brasil já teria explodido pela gana do poder em que nossos parlamentares se apóiam?
    Beijão adolescente Floriano (Delicia de texto, parabéns!) Ana Silvia S. Andrade

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